Bissau, 24 ago - A
cidadã guineense que o chefe das Forças Armadas do país, António Indjai, disse
que teria sido morta em Cabo Verde afinal está viva, anunciou hoje, em
comunicado, a Liga Guineense dos Direitos Humanos.
Na última semana,
falando na abertura da primeira conferência nacional dos Serviços de Informação
de Estado (SIE, a "secreta" guineense) e Contrainteligência Militar,
o general António Indjai acusou as autoridades de Cabo Verde de terem assassinado
uma cidadã guineense que lá se encontrava detida por tráfico de droga.
"A senhora que
foi acusada de tráfico de droga em Cabo Verde, que dizem que deportaram para
Bissau, na verdade foi assassinada. Mas ninguém das nossas autoridades quis
perguntar os verdadeiros contornos deste caso", disse António Indjai.
Em comunicado a que
agência Lusa teve hoje acesso, a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) diz
ter ficado "preocupada" com a denúncia da alegada morte da cidadã
guineense e desenvolveu diligências que conduziram a um encontro com a mulher.
"Com base nas
diligências efetuadas, cumpre-se o dever de esclarecer a opinião pública
nacional e internacional: a direção da LGDH manteve um encontro no dia 22 de
agosto de 2013, em Bissau, com Enide Tavares Soares da Gama, tendo constatado
que ela se encontra sã e salva", lê-se no comunicado.
Na mesma nota, a
Liga pede às autoridades que providenciem medidas de segurança de forma a
Eneide da Gama veja garantida a plena reintegração na sociedade.
Por outro lado, a
direção da Liga reafirma a sua "firme determinação" em continuar a
promover e proteger os direitos humanos na Guiné-Bissau.
MB // VC - Noticias
Ao Minuto/Lusa
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