Deutsche Welle
Segundo "Der
Spiegel", Washington tem interesse na política externa, comércio exterior
e estabilidade econômica do bloco. China, Rússia, Irã, Paquistão, Coreia do
Norte e Afeganistão também são alvos preferenciais.
A União Europeia é
um dos principais alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos
Estados Unidos (NSA). De acordo com um documento emitido em abril deste ano e
vazado pelo ex-analista do órgão Edward Snowden, a política externa, o comércio
exterior e a estabilidade econômica do bloco europeu são objetivos prioritários
da vigilância da agência.
A informação foi
divulgada neste sábado (10/08) pela revista alemã Der Spiegel em seu site na
Internet. Segundo o veículo, a NSA estabeleceu uma escala sobre temas diversos,
que vai de 1 ("interesse máximo") a 5 ("interesse
escasso"). Aos três tópicos relacionados à UE é atribuída prioridade 3,
enquanto questões relacionadas com as novas tecnologias, segurança energética e
alimentação são classificadas com 5, segundo os documentos a que a revista teve
acesso.
Sistema de
interesses
A lista secreta
mostra que os EUA têm interesse especial em alguns países europeus, como a
Alemanha e a França. Com relação à Alemanha, os temas prioritários são política
externa, estabilidade econômica e análise de risco financeiro, todos no nível 3
de prioridade. A exportação de armas e o comércio internacional alemães estão
classificados com nível 4, os ciberataques com 5.
Um pouco abaixo da
Alemanha, França e Japão – países considerados de "médio interesse" –
constam da lista a Itália e a Espanha. Entre os principais alvos de espionagem
norte-americana aparecem a China, a Rússia, Irã, Paquistão, Coreia do Norte e
Afeganistão. Países como o Camboja, Laos ou o Vaticano, por sua vez, são
considerados irrelevantes para o serviço de inteligência, assim como a maioria
dos países europeus, sejam Finlândia, Croácia, Dinamarca ou República Tcheca.
No final de junho
também com base em documentos fornecidos por Snowden, a Spiegel já havia noticiado,
que a NSA realizara escutas nas instalações da UE em Bruxelas, Washington e
Nova Iorque. Essas informações levantaram grande polêmica na Alemanha. No
início de julho, a chanceler federal Angela Merkel afirmou que "não existe
escuta entre amigos", motivo por que foi bastante criticada, acusada de
não ter interesse em cobrar explicações dos EUA.
MSB/lusa/afp/rtr
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