quinta-feira, 8 de agosto de 2013

"Mercados não acreditam que Portugal evite um segundo resgate", diz The Economist

 


Jorge Nascimento Rodrigues - Expresso
 
A influente revista britânica analisa os países resgatados pela troika num artigo intitulado "O que Angela não está a dizer" que é publicado na edição de 10 de agosto

O comportamento das yields da dívida portuguesa de longo prazo, que continuam no mercado secundário em níveis acima de 6,5%, revela que "os mercados não acreditam que Portugal evite algum tipo de segundo resgate", escreve a revista The Economist na edição de 10 de agosto.

 
No artigo intitulado "O que Angela não está a dizer", a revista britânica analisa os três países intervencionados pela troika e conclui que os resgates realizados "deixaram a dívida soberana demasiado elevada para ser sustentável". A revista refere-se à chanceler alemã Angela Merkel e ao que não está a ser dito ao eleitorado alemão que terá de votar em eleições legislativas a 22 de setembro.
 
"Sob o peso da dívida, as perspetivas de crescimento de Portugal no médio prazo são pobres. A dívida pública atingiu 127% do PIB, e o fardo potencial é maior. O governo tem grandes passivos contingentes, decorrentes de garantias, parcerias público-privadas e empresas públicas. Esses passivos poderiam transformar-se em dívida real: o FMI estima que poderiam acrescentar mais 15% do PIB ao fardo, elevando o rácio acima de 140%.", refere The Economist.
 

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