domingo, 25 de agosto de 2013

Nicolás Maduro "EUA buscam guerra no mundo árabe, islâmico e América Latina"

 


O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou hoje os Estados Unidos de procurarem "uma guerra geral" no mundo árabe e islâmico para de seguida, ou "paralelamente", fazerem o mesmo na América Latina, e aliviarem a crise da venda de armas.
 
"Faço um apelo ao povo sírio (...), ao povo libanês que está a ser objeto de ataques terroristas, ao povo árabe: os Estados Unidos estão a decidir levar a cabo uma guerra geral contra o mundo árabe, contra o mundo islâmico, para os controlarem e, também, para saírem da crise produzirem mais armas, porque os Estados Unidos saiem das crises produzindo armas", disse num discurso transmitido pela televisão.
 
Maduro qualificou de "equivocados" os que acreditam que uma guerra especialmente no mundo árabe "não vai afetar a América Latina".
 
Os norte-americanos, defendeu, "vão para o mundo árabe para depois virem ter connosco, ou vão paralelamente tentar impor uma guerra no mundo árabe e impor uma guerra aqui", na América Latina.
 
O governante venezuelano revelou que recentemente alertou o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, porque num e noutro país, "há quem sonhe com uma guerra entre a Colômbia e a Venezuela".
 
Maduro disse que "o plano está há anos a ser traçado a partir do Pentágono". Todavia, "nós, os venezuelanos e colombianos, não lhe vamos dar esse gosto", porque entre ambos os países fronteiriços "o que vai haver é a paz, cooperação, fraternidade e união", sublinhou.
 
Maduro acrescentou que os Estados Unidos invadiram o Iraque e participaram no ataque militar na Líbia baseando-se "em mentiras", e sustentou que o mesmo está a suceder agora com a Síria, nação "às portas da guerra", uma vez que o seu governo está a ser apontado, "sem provas" de usar armas químicas.
 
"Estamos perante o início de uma guerra aberta contra a Síria, e a Síria não vai ficar de braços cruzados, e nós não vamos abandonar o povo sírio", disse Maduro.
 
Maduro também referiu a crise no Egito. Na atualidade, os Estados Unidos "estão a aplicar no Egito, perdoem-me a expressão, uma das teses do império: a guerra de cães, que é por uma parte do povo contra a outra; povo contra povo matando-se, e será difícil que o Egito recupere", acrescentou.
 
Lusa
 

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