O Presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, acusou hoje os Estados Unidos de procurarem
"uma guerra geral" no mundo árabe e islâmico para de seguida, ou
"paralelamente", fazerem o mesmo na América Latina, e aliviarem a
crise da venda de armas.
"Faço um apelo
ao povo sírio (...), ao povo libanês que está a ser objeto de ataques
terroristas, ao povo árabe: os Estados Unidos estão a decidir levar a cabo uma
guerra geral contra o mundo árabe, contra o mundo islâmico, para os controlarem
e, também, para saírem da crise produzirem mais armas, porque os Estados Unidos
saiem das crises produzindo armas", disse num discurso transmitido pela
televisão.
Maduro qualificou
de "equivocados" os que acreditam que uma guerra especialmente no
mundo árabe "não vai afetar a América Latina".
Os
norte-americanos, defendeu, "vão para o mundo árabe para depois virem ter
connosco, ou vão paralelamente tentar impor uma guerra no mundo árabe e impor
uma guerra aqui", na América Latina.
O governante
venezuelano revelou que recentemente alertou o seu homólogo colombiano, Juan
Manuel Santos, porque num e noutro país, "há quem sonhe com uma guerra
entre a Colômbia e a Venezuela".
Maduro disse que
"o plano está há anos a ser traçado a partir do Pentágono". Todavia,
"nós, os venezuelanos e colombianos, não lhe vamos dar esse gosto",
porque entre ambos os países fronteiriços "o que vai haver é a paz,
cooperação, fraternidade e união", sublinhou.
Maduro acrescentou
que os Estados Unidos invadiram o Iraque e participaram no ataque militar na
Líbia baseando-se "em mentiras", e sustentou que o mesmo está a
suceder agora com a Síria, nação "às portas da guerra", uma vez que o
seu governo está a ser apontado, "sem provas" de usar armas químicas.
"Estamos
perante o início de uma guerra aberta contra a Síria, e a Síria não vai ficar
de braços cruzados, e nós não vamos abandonar o povo sírio", disse Maduro.
Maduro também
referiu a crise no Egito. Na atualidade, os Estados Unidos "estão a
aplicar no Egito, perdoem-me a expressão, uma das teses do império: a guerra de
cães, que é por uma parte do povo contra a outra; povo contra povo matando-se,
e será difícil que o Egito recupere", acrescentou.
Lusa
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