Eles desembarcaram
há quatro dias apenas. Nem começaram a trabalhar. Mas alguma coisa de essencial
já foi diagnosticada entre nós com a sua presença. Uma foto estampada na Folha
de SP desta 3ª feira, sintetiza a radiografia que essa visita adicionou ao
diagnóstico da doença social brasileira. Um médico negro avança altivo pelo
corredor polonês que espreme a sua passagem na chegada a Fortaleza, 2ª feira. O
funil mobiliza jovens de jaleco da mesma cor alva da pele. Uivam, vaiam,
ofendem o visitante. Recitam o texto inoculado diuturnamente em suas mentes
pelas cantanhêdes, os gasparis e assemelhados. É questão de justiça
creditar-lhes a paternidade da linhagem capaz de cometer o que a foto
cristalizou para a memória destes tempos. "Escravo!"
"Escravo!" "Escravo!", ecoa a falange, programada para que
um dia pudesse cumprir esse papel, entre outros ainda mais letais. Os alvos da
fúria deixaram família, rotinas e camaradagem para morar e socorrer localidades
das quais nunca ouviram falar. Mas a maioria dos brasileiros também não. Com o
agravante de que ali jamais pousarão os pés. Coisa que os cubanos farão. Campos
Alegres de Lourdes, Mansidão, Carinhanha, Cocos, Sítio do Quinto, Souto
Soares... Quem conhece esse Brasil? Houve tempo em que essas expedições a um
Brasil distante do mar eram feitas por brasileiros, e de classe média, como a
Coluna Prestes, os Villas Boas, as Caravanas do CPC, nos anos 60. Onde foi que
a seta do tempo se quebrou? Tem conserto?
Carta Maior
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Maior
Fuga
do senador boliviano: "é tudo um jogo de política interna":
Em entrevista à Carta Maior, o ex-secretário-geral do Itamaraty, embaixador
Samuel Pinheiro Guimarães analisa o episódio da fuga do senador boliviano, que
acabou provocando a demissão do ministro Antônio Patriota. Para Guimarães,
trata-se de "um jogo de política interna". "Essas pessoas acham
que o governo do presidente Evo Morales não é sequer democrático, quando ele
foi eleito com maioria enorme. São conservadoras e acham que a ascensão dos
trabalhadores, dos índios, dos negros nos países da América Latina é algo
preocupante para eles". Por Najla Passos.
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1 comentário:
MERCENÁRIOS FEITOS MÉDICOS NÃO PASSAM DE GEÓGRAFOS MESQUINHOS E REDUTORES DO IMENSO ESPAÇO QUE CONSTITUI O BRASIL!!!
A falange brasileira de mercenários feitos médicos, teve o condão de pôr a nu o facto de que, para os mentecaptos dos mercados à procura acima de tudo de especulações e de lucros ao serviço das oligarquias agentes do império, minguaram por via de sua visão curta, as fronteiras do Brasil como nenhum geógrafo, a ponto de reduzi-lo a um espaço incaracterístico, redutivo e desconexo!
Para eles o Brasil está limitado às regiões ricas: não existe Brasil nas favelas, nem no sertão, muito menos no ocidente, nos estados bem no interior do continente, junto às fronteiras ocidentais!...
Eles fabricaram um Brasil pequenino, à medida de sua mesquinhez, de seus curtos horizontes e de vez demarcaram-se do imenso Brasil que consta nas cartografias contemporâneas!
Os médicos que foram contratados longe do Brasil, cubanos em especial, são mais brasileiros que os mercenários feitos médicos que demonstram agora, mais claramente que nunca, o que são e por que o são!
Caiu-lhes a máscara e PÁTRIA ES HUMANIDAD é algo indecifrável para seu bloqueio mental, algo impraticável até para a "medicina" a que foram habituados e mentalizados!
Essa gente não merece o Brasil que os viu nascer!
Martinho Júnior.
Luanda.
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