Paulo Gaião – Rxpresso, opinião
O ex-secretário de
Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, vitimiza-se por causa de um alegado
documento forjado no caso swap.
A PGR vai investigar.
Quem o fez? Com que
motivações?
O PSD exige que se
apure a verdade.
Estamos em agosto,
em plena silly season, propícia a histórias que misturam sol e banhos de mar
com espionagem.
Entretanto, daqui a
um mês temos eleições autárquicas, que são um teste decisivo para o governo e
para a... oposição.
Onde é que nós já
vimos isto?
Recuemos à silly
season de Agosto de 2009,
Depois de ser
revelado que um assessor de Cavaco Silva colaborava na elaboração do programa
do Governo do PSD às eleições legislativas desse ano, o assessor do Presidente
da República, Fernando Lima, levanta a suspeita de existirem escutas no Palácio
de Belém.
A PGR mostrou-se
preocupada.
Cavaco chegou a
dizer, em Setembro de 2009, que ia "tentar obter mais informações sobre
questões de segurança", acrescentando que "o Presidente da República
deve preocupar-se com questões de segurança."
As eleições
legislativas de 27 de Setembro realizavam-se daí a dias, colocando
frente-a-frente o primeiro-ministro Sócrates e a cavaquista Manuela Ferreira
Leite.
Qual foi o objetivo
da intentona de Belém no caso das escutas?
Colocar areia na
engrenagem para tentar evitar a vitória de Sócrates.
Qual o objetivo da
intentona do documento falsificado?
As eleições de 29
de setembro estão à porta.
E o caso já bate à
porta do PS...
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