quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Portugal: OS POBRES QUE PAGUEM AS CRISES DOS RICOS

 

Pedro d'Anunciação – Sol, opinião
 
O título parece ser a palavra de ordem do actual Governo.
 
Se não, vejamos: como lembrava Viriato Soromenho Marques num dos seus últimos comentários jornalísticos, nada aumentou e prolongou tanto a dívida pública portuguesa como os swaps (que tanto beneficiaram a Banca especulativa) ou as PPPs (engordando as fortunas nacionais, afinal tão dependentes do Estado como os colégios particulares que apelam ao cheque-ensino) – e eu acrescentaria a isso as trapalhices feitas com o BPN e o BPP, pagas pelos contribuintes.
 
Mas os cortes que o Governo faz não são aos grandes bancos nem às maiores fortunas nacionais (que até parece continuarem a crescer na crise); são aos reformados e desfavorecidos em geral. Aí está uma opção politica clara. Resta-nos perguntar se haveria Governo em Portugal a seguir outro caminho, sacudindo para isso directrizes internacionais de que temos dependido. É pena não ouvirmos António José Seguro falar sobre o assunto.
 
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