Balneário Público
Talvez fosse de
bom-tom e informativamente útil uma das televisões portuguesas construir um
conteúdo recreativo que simulasse as imensas desonestidades dos políticos.
Agora a começar pelos autarcas a quem chamam dinossauros porque tudo fazem para
iludir a lei de limitação de mandatos que os legisladores (seus colegas de
partidos) elaboraram tão confusamente ou permitindo considerá-la confusa para
possibilitar a continuidade dos tais políticos dinosauros. Alguma razão terá
havido para que assim vissem conveniência (os legisladores). Até se diz que tem
que ver com conluios de corrupção e nepotismos. É provavel. Perante tal
descaramento é palusivel que a voz do povo tenha razão. Se antes a discussão
sobre os abusos e chafurdisse da lei se limitava essencialmente aos presidentes
de câmaras municipais agora já se sabe que ela é extensiva aos presidentes de
juntas de freguesia. Basta ler em Notícias Ao Minuto um pouco. O título e o
primeiro parágrafo: “Limitação de mandatos Autarcas arranjam esquema para ‘fintar’
lei – O esquema é simples: presidentes das juntas, que tenham cumprido já
três mandatos, candidatam-se como número dois para depois chegaram à liderança
graças à renúncia ou à delegação de funções pelo cabeça de lista, avança o
Jornal de Negócios.” Perante tamanhos chicos-espertos, perante tais vigaristas,
vê-se bem a quem Portugal está entregue. O país sofre, os portugueses sofrem
toda esta calamidade de desonestidade porque existe uma elite que se apoderou
dos poderes criminosamente e se alastrou num ou mais polvos do crime que ocupam
os mais altos cargos. Alguns através de eleições outros por nomeações daqueles.
E nisso tudo primam as dimanações dos aparelhos partidários, das máfias aliadas
à alta finança nacional e internacional. Os que derem mais. Portugal é um país
a saque. Já quase ninguém confia em alguém, principalmente se forem políticos
dos partidos do chamado “arco da governação”, o CDS, o PSD e o PS. Mesmo assim
muitos votam neles, acreditando sempre nas suas constantes e astutas mentiras
quando em campanhas eleitorais. Os portugueses andam a eleger criminosos para
os mais altos cargos dos poderes democráticos e não encontram alternativa. Tal
é dimensão do polvo ou dos polvos. Um programa de TV, talvez intitulado
“Desonestos de Portugal”, viria a calhar, seria utilissimo. Os autores só
tinham de imitar muitas das desonestidades e crimes que são praticados
impunemente por certos e incertos políticos dos partidos do tal “arco”. Teriam
pano para mangas para produzir. Os “Desonestos de Portugal” resultaria num
vasto manancial de programas TV.
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