Joaquim Carlos Santos - Aventar
No próximo Domingo,
há um País esmagado que vai votar e não tem alternativa senão votar. Vai votar
contra o PSD-CDS? Claro que sim. Instintivamente, primariamente, vota-se
primeiro no primeiro sócrates fajuto e fraudulento que nos apareça pela frente
como em de 2009 para logo depois lamentar ter votado na bancarrota de 2011 só
possível por um avolumar corrupto e brutal de dívida. Mas Domingo, esse País
também votará, se for inteligente, contra a demagogia primária do PS, contra o
eleitoralismo básico do PS, contra a lágrima fácil do Seguro e o condoimento
impostor do PS, contra a recusa do diálogo do PS, contra a irresponsabilidade
de apoucar Portugal e os esforços portugueses do PS, contra a omissão manhosa
da história socialista em quinze anos de governações e respectiva devastação
nacional, contra a cegueira aos sinais positivos de evolução da economia,
contra a mensagem de desespero e inutilidade dos esforços e grandes privações
dos portugueses.
Domingo votaremos
em quem nos puxa para cima e nos eleva na Esperança, em quem inspira orgulho e
enaltece o mérito de empresários locais, de quem não se limita a imputar ao
Estado e ao Governo todo o ónus de carregar com as multidões às costas.
Votaremos nos que garantem as estratégias de desenvolvimento que promovam a
autonomia e a liberdade das pessoas. Afinal, o que impede PSD, CDS e PS de se
entenderem contra a eventualidade de um segundo resgate? Nada. Só a baixeza do
Regime e a caquexia dos Soares, dos Alegres e de toda a fauna negativista da
Esquerda. O Centro e a centralidade decisórias são um nó cego. Temos de apostar
é nos autarcas dinâmicos, capazes de pensar fora da caixa, que não se limitam a
dizer, como Rui Moreira, «Isso é
impossível! Aquilo tem inúmeros inconvenientes. Essa ideia ainda terá de ser
pensada.», incapaz de ousar.
Domingo,
escolheremos autarcas com inteligência para procurar o melhor e fazer o melhor.
Não contamos com o Governo do País, mas poderemos e deveremos contar com o
Governo da Cidade, não com os que ainda não sabem se farão, mas com os que
querem fazer. Se ainda há pouco havia um Estado em Portugal que chegava aos
interstícios das mais milimétricas necessidades individuais ou grupais, esse
Estado está morto e o melhor que fazemos é espicaçar o burro metafórico das
nossas vidas, único animal em que montamos, e seguir em frente, seguir como se
não houvesse Governo, somente as minhas mãos, as minhas ideias, a minha
capacidade de lutar e acreditar. Esperar pelo Estado é como esperar por uma
nova aparição de Fátima. Não aparecerá. No entanto a Aparição-que-houve pode
morar no nosso coração e impulsionar-nos em frente. O Governo omnipresente e
assistencialista morreu. O Estado Central está a esvair-se e a desaparecer como
a bruxa Má do Leste. Era preciso matar a Bruxa Má, qualquer criança sabe isto.
Tudo se joga,
portanto, ao nível local. Ao nível local ou há soluções para as pessoas ou
soluções para as pessoas. Os partidos e as cores políticas digladiando-se não
resolvem problemas às pessoas. Portanto, autarcas escolhidos pelas gentes,
autarcas preferidos pelas massas que votam, uni-vos! Abram os vossos parques
industriais. Dinamizem o mercado de arrendamento. Comportem-se igualmente como
se nada, quase nada, coisa nenhuma, dependesse do Estado Central. O Estado
Central está morto. Paz à sua Desalma. Viva o Estado Local.
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