Mariana Cabral - Expresso
Em vários pontos do
país o dia de eleições autárquicas foi atribulado. Saiba porquê.
- Alpedriz, concelho de Alcobaça, distrito de Leiria
As urnas em Alpedriz não abriram, devido a um boicote da população, irada pela agregação da freguesia com Montes e com Cós. Durante a noite, a fechadura da porta da escola onde iria decorrer a votação foi bloqueada eos boletins de voto nem chegaram a ser entregues.
"As urnas não
vão abrir porque a população está revoltada com a agregação contra a sua
vontade e não vai deixar que se realize a votação", disse o presidente da
Junta de Freguesia de Alpedriz, Alberto Luz, à Lusa.
- Roriz, concelho de Chaves, distrito de Vila Real
As mesas na freguesia de Roriz demoraram a abrir, uma vez que a junta foi arrombada e os boletins de voto e editais foram furtados durante a noite. Já de manhã tiveram de ser enviados novos documentos para a freguesia.
- Ourondo, concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco
A população tinha manifestado a intenção de boicotar pacificamente as eleições, em protesto contra agregação da freguesia à de Casegas, mas ao saberem que já cinco eleitores tinham votado, destruíram a mesa de voto.
Várias dezenas de
populares derrubaram a mesa e destruíram a urna, aos pontapés, e os boletins,
incitando os delegados da secção a abandonarem o local, algo que os presentes
acataram por considerarem que "não estavam reunidas as condições de
segurança", explicou Carlos Alberto Barata, presidente da mesa, à Lusa.
No local, o ainda
presidente da Junta do Ourondo, José Agostinho, lamentou a suspensão da
votação, garantiu que o povo da localidade "é pacífico" e justificou
a atitude com o "sentimento de revolta" que tem crescido pela
agregação da freguesia.
- Vila Franca do
Campo, ilha de São Miguel, Açores
As urnas abriram com um atraso de cerca de 45 minutos, depois de ter sido detetado um problema nos boletins de voto para a eleição para a câmara municipal. Apesar de os boletins incluírem as quatro candidaturas à câmara de Vila Franca do Campo, faltavam os quadrados para fazer a cruz à frente de duas delas: o movimento independente Novo Rumo e o PSD.
A votação
prosseguiu depois de consultada a Comissão Nacional de Eleiçõese de os
candidatos terem aceitado a solução da comissão: fazer à mão os quadrados em
falta.
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