Opera Mundi, São
Paulo
Espanhóis se
reuniram na porta da estatal responsável por desapropriar de suas casas pessoas
em débito financeiro
Amparo (o sobrenome
está sob sigilo da Justiça) recebeu na semana passada uma carta do governo da
Espanha comunicando que ela seria despejada de sua casa. Sob pressão, a
espanhola, mãe de seis filhos, moradora de Madri, se suicidou. O episódio
causou indignação em bairros populares ao redor do país. Até que, nesta
quarta-feira (18/09), dezenas de pessoas resolveram protestar na cidade contra
a onda de suicídios provocada pelos despejos em massa do governo.
A manifestação
aconteceu na frente da EMVS (sigla em espanhol para Empresa Municipal de
Moradia e Solo), estatal responsável por desapropriar imóveis de pessoas em
débito financeiro. “Não são suicídios. São assassinatos”, bradaram os
manifestantes, que acenderam velas e fizeram um minuto de silêncio em homenagem
à Amparo.
Segundo informações
da agência Telesur, Amparo devia ao sistema financeiro apenas 900 euros. Ela
chegou a negociar a dívida com a EMVS por alguma vezes, mas teve sua demanda
negada. O desfecho final foi o comunicado da estatal notificando para esta
semana a data do despejo.
“Essas (os
protestos) são as nossas armas e não toleramos nenhum outro despejo”, afirmou a
jornalista Ana Botella, que representou o grupo Indignados no protesto.
Segundo a imprensa
local, Amparo vivia com o marido, três filhos - ainda menores de idade - e dois
netos. Todos sob sua responsabilidade. Até o momento, não há uma posição
oficial do governo espanhol sobre o caso.
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