quarta-feira, 11 de setembro de 2013

RAMOS HORTA ELOGIA “CORAGEM” DE BRASILEIRO QUE LIDEROU FUGA DE SENADOR

 


O prémio Nobel da Paz de 1996, José Ramos-Horta, enviou uma carta ao diplomata brasileiro Eduardo Paes Saboia, e elogiou a sua "coragem" por organizar a operação de fuga do senador Roger Pinto Molina da Bolívia.
 
Na carta, Ramos-Horta considera Saboia um mártir, informou a Agência Brasil. Além disso, compara o brasileiro com o cônsul de Portugal em Bordéus, Sousa Mendes, que, nos anos 1940, salvou cerca de 30 mil judeus da perseguição nazi.
 
Saboia, que era encarregado de negócios na embaixada da Bolívia, está a ser investigado por uma comissão do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.
 
O diplomata afirmou ser o responsável pela operação que retirou Pinto Molina da Bolívia, após o senador ter ficado 15 meses refugiado na embaixada do Brasil, mas não recebeu um salvo-conduto para poder deixar o país.
 
O episódio culminou na demissão do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Pinto Molina é acusado de ter cometido crimes de corrupção e facilitação de tráfico de droga na Bolívia, mas alega que as acusações fazem parte de uma perseguição política.
 
Ramos-Horta afirmou, na carta, que acompanha os desenvolvimentos do caso e que sabe que "o Brasil não recebe ninguém na sua embaixada sem justa causa".
 
Na semana passada, uma missão de ministros bolivianos foi ao Brasil para apresentar ao Ministério da Justiça do país os documentos sobre os processos contra Molina. O senador tem um depoimento marcado para hoje perante a Justiça brasileira.
 
Lusa
 

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