A corrupção em
Angola é "preocupante", mas o problema vive-se em todo o mundo,
afirmou hoje, na Cidade da Praia, o Procurador-Geral da República (PGR)
angolano, que responsabilizou os países colonialistas por tais práticas em
África.
João Maria de
Sousa, que falava à agência Lusa e RTP África à margem da 8.ª Conferência da
Associação dos Procuradores de África (APA), que começou hoje na capital de
Cabo Verde e se prolonga até quinta-feira, salientou que Angola criou uma
comissão para elaborar um estudo sobre formas de combater a corrupção.
"Com certeza
(que é preocupante), não só em Angola. Mesmo naqueles países que apregoam contra
outros, esquecem-se que, internamente, também têm esse problema, que é
universal", referiu o magistrado angolano.
"Todos os
países deverão unir-se para dar um combate cerrado a essas práticas, porque
nenhum país conseguirá combater sozinho a criminalidade organizada, até porque,
se tivermos a atenção devida, determinadas práticas que se tornaram habituais
nos nossos países vieram, de algum modo, dos países desenvolvidos",
acrescentou.
Defendendo que em
Angola, Cabo Verde e Moçambique, "como também noutros países
africanos", o desenvolvimento "tarda a chegar", João Maria de
Sousa referiu que a corrupção "não nasceu dos nativos".
"A corrupção
não nasceu dos nativos, porque tínhamos uma forma primitiva de fazer comércio,
de fazer trocas, que não permitia sequer a corrupção. A corrupção vem de fora,
e agora vamos ter de encontrar forma de a combater e combater com aqueles que
melhor conhecem o fenómeno", sustentou.
O PGR angolano
destacou que Angola já assinou a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção
e que, recentemente, através de um despacho presidencial, foi criada uma
comissão para elaborar estudos com vista à sua aplicação no país, não obstante
existirem leis internas que determinam as formas de combate à corrupção e à
lavagem de capitais.
"Temos cumprido
com muitas cartas rogatórias, nomeadamente vindas de Portugal, e não só.
Recebemos cartas rogatórias em matéria penal de muitos países e cumprimos e
temos já instaurado em Angola alguns processos a respeito dessa matéria",
acrescentou.
Sobre o papel de
Angola na Associação de Procuradores de África, onde ocupa uma das cinco
vice-presidências, João Maria de Sousa sublinhou que tem tentado trazer mais
países africanos para a APA, bem como alargar a ação da organização, até agora
"muito centrada na África Austral", a outras regiões do continente.
"Temos de ser
persistentes para que África possa estar unida" no combate à criminalidade
transnacional e internacional", concluiu João Maria de Sousa, aludindo ao
tema da conferência da APA.
JSD // MLL - Lusa
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De paraíso de la transparencia al tercer país más corrupto de Europa
Portugal se asfixia en la corrupción. Falta transparencia y sobran conflictos de intereses entre los representantes públicos y los cargos privados. En el tercer país más corrupto de Europa Occidental, según Transparency International (TI), ocho de cada diez personas sienten que la situación ha empeorado en los dos últimos años. Pero la ciudadanía ha comenzado a decir basta; las elecciones municipales del 29 de septiembre registraron tres plusmarcas históricas: abstenciones, votos nulos y votos en blanco.
“Si Portugal no tuviera corrupción estaría como Suiza, viviríamos incluso mejor. Pero, con la corrupción, corre el peligro de convertirse en la Albania occidental. Somos lo peor de Europa, con Italia, donde predominan las mafias, y con Grecia, donde predomina la desorganización. Tenemos ambas características”, explica a El Confidencial el vicepresidente de la Asociación Transparencia e Integridad (la versión lusa de TI), Paulo Morais, una de las caras portuguesas más conocidas en la lucha contra esta lacra. Bajo el punto de vista de este exvicepresidente de la Cámara Municipal de Oporto, “de la derecha a la izquierda, todos los partidos que conforman el Parlamento están tomados por la corrupción, bien de manera activa o bien de manera cómplice”.
Nadie se salva de las sospechas. Ni siquiera la actual ministra de Finanzas, María Luis Albuquerque, la economista de 46 años que asumió el cargo el 2 de julio. Su pasado en la política y en el mundo empresarial ha sido examinado hasta el último detalle por sus opositores, quienes le acusan de haber participado en la firma de diferentes contratos de gestión de riesgo financiero (conocidos como swaps), lo que ya se ha llevado por delante a tres secretarios de Estado.
Albuquerque lo niega, pero una auditoría interna de la Dirección General del Tesoro pone en entredicho su versión, así que este octubre tendrá que dar explicaciones en el Parlamento por tercera vez. Los titulares tampoco han dejado en el tintero que su marido llegó a asumir funciones de consultor para el grupo Energías de Portugal (EDP), precisamente el mismo que privatizó la hoy ministra durante su anterior etapa como secretaria de Estado.
...
http://www.elconfidencial.com/mundo/2013-10-10/de-paraiso-de-la-transparencia-al-tercer-pais-mas-corrupto-de-europa_39481/
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