Homens armados e
forças de segurança voltaram a confrontar-se na madrugada de quarta-feira na
região de Sitatonga, centro de Moçambique, quando as forças governamentais
tentavam desativar uma base militar da oposição, disseram hoje à Lusa várias
fontes.
"Soubemos dos
ataques e temos informação de que houve baixas de ambos lados. Já foi enviada
uma equipa de socorro para retirar os feridos. O hospital está em prontidão
neste momento para receber as vítimas", disse à Lusa Pedro Vidamão,
diretor do Hospital Rural de Muxúnguè.
Contudo, as forças
governamentais não conseguiram ocupar a base, pela prontidão de resposta dos
homens armados em Sitatonga, uma "temida" base da Resistência Nacional
Moçambicana (Renamo), que tem estado a reagrupar os seus homens, segundo fonte
militar.
Ainda hoje, homens
armados atacaram a escolta militar de viaturas no troço Save-Muxúnguè, tendo
provocado vários feridos, que igualmente estão a ser levados para o hospital,
confirmou à Lusa fonte médica.
Este é o terceiro
ataque intercalado em cinco dias naquela região, depois de investidas a 29 e 27
de outubro, que resultaram numa morte e 15 feridos, dos quais quatro graves,
incluindo o comandante da escolta.
Moçambique vive a
sua pior crise política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em
1992, na sequência de confrontos entre o exército e homens armados da Renamo,
principal partido da oposição, devido a divergências em torno da lei eleitoral.
AYAC // VM – Lusa –
foto António Silva
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