O Ministério da
Defesa de Moçambique confirmou hoje o ataque e controlo de Sandjudjira, base do
líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que se encontra em parte incerta, mas recusa
que Moçambique esteja em guerra.
A Resistência
Nacional Moçambicana, principal partido da oposição do país, disse hoje que o
exército moçambicano "fustigou e tomou" a residência do seu líder,
Afonso Dhlakama, obrigando-o a abandonar a casa para um local não revelado,
onde "está de boa saúde".
Em declarações aos
jornalistas, o diretor nacional de Política de Defesa no Ministério da Defesa
de Moçambique, Cristóvão Chume, disse que as forças governamentais posicionadas
na zona de Sandjudjira "foram atacadas pelos guerrilheiros da
Renamo", pelo que houve uma resposta.
"Hoje ocorreu
que, no final da manhã, muito próximo das 12:00, os guerrilheiros da Renamo
atacaram as nossas forças posicionadas na zona de Sandjudjira e, na sequência
deste ato, as Forças de Defesa e Segurança contra-atacaram e os guerrilheiros
da Renamo refugiaram-se no local onde se localizava o senhor Afonso
Dhlakama", disse Cristóvão Chume.
Segundo o
responsável, "porque era preciso parar as pessoas que atacaram, as Forças
de Defesa e Segurança (de Moçambique) perseguiram os homens da Renamo até ao
local de onde tinham saído, neste caso, onde se localizava o senhor Afonso
Dhlakama".
"As nossas
forças encontram-se no terreno, no local onde se encontrava o senhor Afonso
Dhlakama", disse o diretor nacional de Política de Defesa no Ministério da
Defesa de Moçambique
No entanto,
"não há baixas verificadas nas Forças de Defesa e Segurança, não houve
baixas das populações que vivem naquela zona", afirmou Cristóvão Chume,
que não confirmou "nenhuma baixa por parte deles", da Renamo.
"Não
conhecemos a localização do senhor Afonso Dhlakama porque quando as nossas
forças iam em perseguição dos seus homens ele e os seus homens puseram-se em
fuga", acrescentou Cristóvão Chume, que apelou "à calma,
tranquilidade e serenidade em relação aos diversos pronunciamentos que podem
seguir-se na sequência desta situação".
"A nossa
preocupação agora é de retornar a vida normal das populações que vivem naquele
local", até porque "as populações, pelo sinal que temos tirado do
local, têm respondido positivamente ao apelo das Forças de Defesa e Segurança
para voltarem as suas atividades normais", afirmou.
RTP – Lusa
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