Rosa Ramos – jornal
i
Todos os sindicatos
da PSP reunidos hoje para decidir formas de luta
A Comissão
Coordenadora Permanente (CCP) dos sindicatos e associações dos profissionais
das forças e serviços de segurança marcou uma manifestação nacional para o dia
21 de Novembro, em Lisboa, em protesto contra as medidas do Orçamento do Estado
para 2014. A manifestação foi decidida pelos sindicatos mais representativos da
GNR, da Polícia Marítima, da PSP, da ASAE, dos guardas prisionais e do SEF.
A comissão diz que
o governo está a desvalorizar a "função policial" e garante que os
cortes anunciados terão "consequências para a segurança do país".
"Não se pode decidir a segurança das pessoas com base num pressuposto
economicista", acrescentam os dirigentes sindicais numa nota ontem divulgada.
A CCP acusa ainda o governo de ser "irresponsável" se insistir em
"decidir medidas sem ter consciência das suas consequências para o
país".
Apesar dos
protesto, os polícias dizem acreditar que o orçamento, em matéria de segurança,
vai ser revisto pelo "poder político" e garantem que vão pedir
reuniões aos grupos parlamentares para "esclarecer as consequências"
que as medidas previstas terão no funcionamento das instituições e ao nível
socioprofissional. Além da manifestação nacional, cada força de segurança está
a estudar formas de luta individuais.
No caso da PSP, por
exemplo, as nove associações sindicais vão estar reunidas esta tarde, em
Lisboa, na sede do Sindicato Nacional da Polícia. O objectivo do encontro,
adiantou ao i Armando Ferreira, presidente do SINAPOL, é debater as medidas
inscritas na proposta de Orçamento do Estado e definir acções conjuntas e
"exclusivamente da PSP". "O que quer que aconteça será decidido
por todas as associações, mas é certo que as formas de luta dos agentes da
polícia deverão ir além de simples manifestações ou do recurso aos
tribunais", promete o líder sindical, escusando-se a adiantar mais
detalhes. "A voz da moderação passou a ser a voz da revolta", remata
Armando Ferreira.
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