quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Portugal: Forças de segurança convocam manifestação para 21 de Novembro

 

Rosa Ramos – jornal i
 
Todos os sindicatos da PSP reunidos hoje para decidir formas de luta
 
A Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos sindicatos e associações dos profissionais das forças e serviços de segurança marcou uma manifestação nacional para o dia 21 de Novembro, em Lisboa, em protesto contra as medidas do Orçamento do Estado para 2014. A manifestação foi decidida pelos sindicatos mais representativos da GNR, da Polícia Marítima, da PSP, da ASAE, dos guardas prisionais e do SEF.
 
A comissão diz que o governo está a desvalorizar a "função policial" e garante que os cortes anunciados terão "consequências para a segurança do país". "Não se pode decidir a segurança das pessoas com base num pressuposto economicista", acrescentam os dirigentes sindicais numa nota ontem divulgada. A CCP acusa ainda o governo de ser "irresponsável" se insistir em "decidir medidas sem ter consciência das suas consequências para o país".
 
Apesar dos protesto, os polícias dizem acreditar que o orçamento, em matéria de segurança, vai ser revisto pelo "poder político" e garantem que vão pedir reuniões aos grupos parlamentares para "esclarecer as consequências" que as medidas previstas terão no funcionamento das instituições e ao nível socioprofissional. Além da manifestação nacional, cada força de segurança está a estudar formas de luta individuais.
 
No caso da PSP, por exemplo, as nove associações sindicais vão estar reunidas esta tarde, em Lisboa, na sede do Sindicato Nacional da Polícia. O objectivo do encontro, adiantou ao i Armando Ferreira, presidente do SINAPOL, é debater as medidas inscritas na proposta de Orçamento do Estado e definir acções conjuntas e "exclusivamente da PSP". "O que quer que aconteça será decidido por todas as associações, mas é certo que as formas de luta dos agentes da polícia deverão ir além de simples manifestações ou do recurso aos tribunais", promete o líder sindical, escusando-se a adiantar mais detalhes. "A voz da moderação passou a ser a voz da revolta", remata Armando Ferreira.
 
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