MAI diz que não é
possível manifestação na Ponte 25 Abril
Jornal i - Lusa
O ministro já tinha
transmitido esta posição à Central Sindical na semana passada e propôs, como
alternativa, que a marcha de protesto se realizasse na Ponte Vasco da Gama, o
que a CGTP rejeitou
O Ministro da
Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou hoje que não é possível fazer a
travessia da Ponte 25 de Abril no dia 19, no âmbito de uma manifestação da
CGTP, por razões de segurança.
"Por estritas
razões de segurança não é possível fazer o atravessamento da Ponte 25 de
Abril", disse Miguel Macedo aos jornalistas após uma reunião de cerca de
uma hora e meia com a CGTP.
O ministro já tinha
transmitido esta posição à Central Sindical na semana passada e propôs, como
alternativa, que a marcha de protesto se realizasse na Ponte Vasco da Gama, o
que a CGTP rejeitou.
Na altura, Miguel
Macedo tinha dois pareceres negativos sobre os riscos de insegurança de um
protesto na Ponte 25 de Abril.
Em comunicado
divulgado no sábado, o MAI destacou que, face à intenção da CGTP de realizar
dia 19 uma manifestação na Ponte 25 de Abril, ouviu o Conselho de Segurança da
Ponte 25 de Abril e a PSP, "as duas entidades com competência legal para
pronúncia sobre a matéria", que deram parecer desfavorável, pelo que esta
ponte "não poderá ser utilizada para o efeito pretendido.
Segundo o MAI, a
PSP justificou com razões de falta de segurança o parecer negativo à realização
da marcha.
Hoje, o ministro
mencionou um terceiro parecer negativo elaborado pela Lusoponte, a entidade
concessionária da exploração da Ponte 25 de Abril.
"Não se pode
ignorar três pareceres técnicos", disse o governante, assegurando que
"não está em causa o direito à manifestação, o que está em causa é
conciliar o direito à manifestação com o direito à segurança", salientou
Miguel Macedo.
O ministro disse
ainda que o Governo apresentou uma alternativa de "boa-fé" e para que
a marcha se realizasse "em segurança e liberdade" e voltou a apelar
ao "bom senso e à responsabilidade".
"Esta não é
uma matéria em que se possa confiar na sorte. Se algo correr mal alguém tem de
assumir a responsabilidade", adiantou.
À saída deste
encontro a CGTP reafirmou que a intenção de realizar a manifestação na Ponte 25
de Abril, argumentando que vai garantir todas as questões de segurança.
À saída do encontro
com Miguel Macedo, o secretário-geral da Intersindical, Arménio Carlos, disse
que a CGTP está disponível para deixar livres as duas faixas laterais da ponte
para a circulação de viaturas de emergência e assegurar um cordão humano para
enquadrar os manifestantes, de modo a que o desfile decorra ordeiramente.
"Vamos
continuar tranquilamente a organizar a manifestação de dia 19. Não vamos entrar
em especulações nem dramatizações", disse Arménio Carlos aos jornalistas.
Fonte do Ministério
da Administração Interna disse entretanto à Lusa que poderá ser enviado ainda
hoje à CGTP uma comunicação formal de que não há condições para a travessia da
Ponte.
A realização de
manifestações está regulada por um decreto-lei de 1934, o "decreto
406", cujo artigo 6º define as condições de realização dos protestos,
nomeadamente, as relacionadas com a segurança.
Na foto: Ponte 25
de Abril repleta de pessoas, todos os anos atletas profissionais, amadores e
curiosos que a atravessam de sul para norte numa competição, manifestação
desportiva tradicional. E a segurança não é posta em causa todos os anos?
Leia mais em Jornal
i
CGTP mantém manifestação na ponte 25 de Abril e garante segurança
CGTP mantém manifestação na ponte 25 de Abril e garante segurança
Leia mais em Página
Global
Sem comentários:
Enviar um comentário