Diogo Pombo –
jornal i
As paralisações
entre 25 e 9 de Novembro começam por afectar os CTT, mas são os utentes dos
transportes públicos os mais penalizados
A fila de quase 400
autocarros na Ponte 25 de Abril, no sábado, foi só o início. Vem aí uma
quinzena repleta de greves e acções de protesto que ameaçam parar várias
regiões do país: entre 25 de Outubro e 9 de Novembro estão para já agendadas
dez acções, oito com mira apontada aos transportes. A culpa é da proposta de
Orçamento do Estado (OE) para 2014, unanimemente evocado pelos sindicatos do
sector.
Os funcionários dos
CTT abrem as hostes na próxima sexta-feira. O Sindicato Nacional dos
Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações marcou o dia de protesto contra a
privatização da empresa e a "destruição do serviço público postal",
relembrando as cerca de 200 estações de correio encerradas "só em
2013".
No mesmo dia começa
a quinzena de protesto dos funcionários das empresas públicas de transporte -
delineada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações
(FECTRANS), em conjunto com a CGTP e a UGT - que vai paralisar metropolitano,
autocarros e barcos em várias acções agendadas até 9 de Novembro.
Em Lisboa, o Metro
começa a parar e só volta ao normal a 3 de Novembro. Durante esses 15 dias o
metropolitano terá paralisações parciais, à excepção do dia 31, data em que os
funcionários agendaram uma greve de 24 horas - em causa estão os cortes
salariais e a redução das indemnizações compensatórias previstas na proposta do
OE para 2014. A 7 de Novembro é a vez da Carris. Entre as 9h30 e as 15h30 dessa
quinta-feira, os funcionários da empresa reúnem-se em plenário para debater
outras formas de luta.
De 3 a 9 de
Novembro são as travessias do Tejo que ficam parcialmente interrompidas. Os
trabalhadores da Transtejo e da Soflusa vão fazer três horas de greve por cada
turno de trabalho, em resposta ao novo regime jurídico do sector público
empresarial. "Pelas nossas contas, vai significar uma redução de salários
na ordem dos 100 euros", criticou, por altura do anúncio do protesto, José
Manuel Oliveira, da FECTRANS.
Os motoristas dos
Transportes Colectivos do Barreiro participam pela primeira vez num protesto do
sector e têm marcada a sua greve para 6 de Novembro. Dia 8 do próximo mês pára
a função pública e, nessa semana, em data ainda por anunciar, ocorrerá também a
greve da CP. Com Lusa
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