segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Portugal - Greves. Semana tranquila antes de quinzena com transportes parados

 


Diogo Pombo – jornal i
 
As paralisações entre 25 e 9 de Novembro começam por afectar os CTT, mas são os utentes dos transportes públicos os mais penalizados
 
A fila de quase 400 autocarros na Ponte 25 de Abril, no sábado, foi só o início. Vem aí uma quinzena repleta de greves e acções de protesto que ameaçam parar várias regiões do país: entre 25 de Outubro e 9 de Novembro estão para já agendadas dez acções, oito com mira apontada aos transportes. A culpa é da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2014, unanimemente evocado pelos sindicatos do sector.
 
Os funcionários dos CTT abrem as hostes na próxima sexta-feira. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações marcou o dia de protesto contra a privatização da empresa e a "destruição do serviço público postal", relembrando as cerca de 200 estações de correio encerradas "só em 2013".
 
No mesmo dia começa a quinzena de protesto dos funcionários das empresas públicas de transporte - delineada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), em conjunto com a CGTP e a UGT - que vai paralisar metropolitano, autocarros e barcos em várias acções agendadas até 9 de Novembro.
 
Em Lisboa, o Metro começa a parar e só volta ao normal a 3 de Novembro. Durante esses 15 dias o metropolitano terá paralisações parciais, à excepção do dia 31, data em que os funcionários agendaram uma greve de 24 horas - em causa estão os cortes salariais e a redução das indemnizações compensatórias previstas na proposta do OE para 2014. A 7 de Novembro é a vez da Carris. Entre as 9h30 e as 15h30 dessa quinta-feira, os funcionários da empresa reúnem-se em plenário para debater outras formas de luta.
 
De 3 a 9 de Novembro são as travessias do Tejo que ficam parcialmente interrompidas. Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa vão fazer três horas de greve por cada turno de trabalho, em resposta ao novo regime jurídico do sector público empresarial. "Pelas nossas contas, vai significar uma redução de salários na ordem dos 100 euros", criticou, por altura do anúncio do protesto, José Manuel Oliveira, da FECTRANS.
 
Os motoristas dos Transportes Colectivos do Barreiro participam pela primeira vez num protesto do sector e têm marcada a sua greve para 6 de Novembro. Dia 8 do próximo mês pára a função pública e, nessa semana, em data ainda por anunciar, ocorrerá também a greve da CP. Com Lusa
 

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