segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Portugal: SÓCRATES E A “DESONESTIDADE” DE PORTAS

 


O antigo primeiro-ministro, José Sócrates, acusou ontem à noite, na antena da RTP, o vice-primeiro-ministro de “desonestidade” e de estar “a cortar pensões que não pode cortar”. O socialista destacou ainda que Paulo Portas “fez deliberadamente uma confusão”, aplicando uma condição de recursos às pensões de sobrevivência.
 
“Paulo Portas queixa-se que foi mal interpretado, queixa-se de desonestidade. A primeira desonestidade foi cometida por ele”, realçou ontem à noite o ex-líder do Governo, José Sócrates. Isto porque, sustentou, o vice-primeiro-ministro “disse que não havia mais austeridade, afinal havia".
 
E, prosseguiu Sócrates, Portas “quis confundir um sistema contributivo com um sistema de solidariedade social. É um corte baseado numa condição de recursos que não tem direito de fazer. É esse o ponto. Se há desonestidade é aqui que está”.
 
O socialista analisava na antena da RTP1 a medida anunciada pelo número dois do Governo, na sequência da reunião extraordinária do Conselho de Ministros que durou 10 horas, considerando, aliás, que esta delonga constitui “um erro político” e “indicia que há divergências em matérias essenciais”.
 
“O Estado passa as fronteiras da decência quando muda as condições não só para o futuro, mas para o passado”, concluiu o antigo primeiro-ministro.
 
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