O antigo
primeiro-ministro, José Sócrates, acusou ontem à noite, na antena da RTP, o
vice-primeiro-ministro de “desonestidade” e de estar “a cortar pensões que não
pode cortar”. O socialista destacou ainda que Paulo Portas “fez deliberadamente
uma confusão”, aplicando uma condição de recursos às pensões de sobrevivência.
“Paulo Portas
queixa-se que foi mal interpretado, queixa-se de desonestidade. A primeira
desonestidade foi cometida por ele”, realçou ontem à noite o ex-líder do
Governo, José Sócrates. Isto porque, sustentou, o vice-primeiro-ministro “disse
que não havia mais austeridade, afinal havia".
E, prosseguiu
Sócrates, Portas “quis confundir um sistema contributivo com um sistema de
solidariedade social. É um corte baseado numa condição de recursos que não tem
direito de fazer. É esse o ponto. Se há desonestidade é aqui que está”.
O socialista analisava
na antena da RTP1 a medida anunciada pelo número dois do Governo, na sequência
da reunião extraordinária do Conselho de Ministros que durou 10 horas,
considerando, aliás, que esta delonga constitui “um erro político” e “indicia
que há divergências em matérias essenciais”.
“O Estado passa as
fronteiras da decência quando muda as condições não só para o futuro, mas para
o passado”, concluiu o antigo primeiro-ministro.
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