O ministro dos
Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, José Luís Guterres, considerou hoje, em
comunicado, fundamental uma reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas,
apoiando a posição do G4.
"É fundamental
uma reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas" e Timor-Leste vai
apoiar as decisões tomadas pelo G4, uma aliança entre a Alemanha, Japão, India
e Brasil, refere o documento, citando o chefe da diplomacia timorense.
Na semana passada,
os embaixadores do Brasil e Japão em Díli entregaram ao ministro timorense um
comunicado a insistir na necessidade de reforma daquele órgão da ONU.
"As
dificuldades do Conselho de Segurança em lidar com os desafios internacionais,
incluindo os atuais, evocaram ainda mais a necessidade de uma reforma para
refletir melhor as realidades geopolíticas do século XXI e fazer o conselho
mais representativo, eficiente e transparente e, com isso, melhorar a eficácia,
legitimidade e implementação das suas decisões", acrescenta o documento do
Governo timorense.
Em setembro,
durante a 68ª Assembleia-Geral da ONU, a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff,
considerou "preocupante" a situação observada no Conselho de
Segurança da ONU, destacando a "urgência" de uma reforma com a
inclusão de novos membros permanentes.
"É preocupante
a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face aos novos
desafios do século XXI. Exemplos disso são a grande dificuldade de oferecer
solução para o conflito sírio e a paralisia no tratamento da questão
israelo-palestiniana", afirmou a Presidente brasileira, que defende uma
reforma do organismo até 2015.
Dilma Rousseff
recordou que o ano de 2015 marcará o 70.º aniversário das Nações Unidas e o
10.º aniversário da Cimeira Mundial de 2005, ocasião em que foi feito o pedido
para uma reforma com a inclusão de novos membros permanentes e não permanentes
no conselho.
"Impõe evitar
a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança
capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje",
afirmou.
Dilma Rousseff
criticou ainda o "imobilismo perigoso" gerado pela "recorrente
polarização" entre os membros permanentes (EUA, França, Grã Bretanha,
China e Rússia), os mesmos desde a criação das Nações Unidas, em 1945.
MSE (FYRO) // VM –
Lusa – foto António Amaral
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