Diário de Notícias
O FMI está
preocupado com o programa de reformas estruturais, diz que transmitiu ao
Governo que este "pode não ser suficiente ambicioso" e diz que a
inversão para um equilíbrio externo da economia pode não ser sustentável. E
defende mais flexibilidade salarial.
"Apesar de um
número importante de reformas estar já em prática, a missão expressou
preocupação de que a agenda de reformas possa não ser suficientemente
ambiciosa", escreve o Fundo Monetário Internacional (FMI) na análise que
faz à oitava e nona revisões do Programa de Assistência Económica e Financeira
(PAEF).
O fundo explica que
os técnicos continuam a identificar rigidez em várias áreas, e diz que
continuam a existir riscos do equilíbrio no saldo externo da economia alcançado
poder não ser sustentável e das reformas em curso não serem suficientes para
aumentarem as condições da oferta de modo a permitir uma viragem rápida do
ciclo económico.
A 'troika' continua
a defender mais flexibilidade salarial, em especial nos salários mais baixos
entre os menos qualificados, como forma de dar um impulso à criação de emprego.
O Governo terá
defendido junto da missão que é necessário mais tempo para se verem os
resultados das reformas, e que o aumento das exportações pode estar relacionado
com efeitos não relacionados com preço.
No entanto, a
'troika' continua preocupada com a sustentabilidade do ajustamento externo e
diz que seria necessário um forte e sustentado crescimento das exportações para
dar sustentabilidade à correção das contas externas, já que as importações de
bens de investimento e bens duradouros para consumo devem recuperar de níveis
historicamente baixos.
O acordo alcançado
entre a 'troika' e o Governo foi de fazer novos esforços para identificar
distorções causadas por políticas do passado e outras áreas para potenciais
reformas prioritárias.
Entre estas, estão
duas áreas que o FMI muito tem defendido que precisam de mais mudanças
profundas: o mercado de trabalho e a energia.
O FMI continua a
defender maior flexibilidade salarial, uma descentralização da negociação
coletiva, entre outras hipóteses que devem ser estudadas e negociadas.
No caso da energia,
o fundo volta a defender formas de reduzir as rendas excessivas e a necessidade
de tomar mais medidas para garantir que o sistema elétrico é sustentável sem
ter de aumentar preços.
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