Correio do Brasil -
com ABr - de Brasília
Cerca de 500 manifestantes,
de acordo com cálculos da Polícia Militar, fizeram nesta terça-feira um ato
público conta a alta dos juros, em frente ao Banco Central (BC). Nesta
terça-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) inicia reunião em que
definirá a taxa básica de juros, a Selic. A taxa será anunciada na
quarta-feira.
A expectativa de
analistas do mercado financeiro consultados pelo BC é que haverá nova alta da
Selic de 0,5 ponto percentual, para 10% ao ano. Na manifestação, organizada por
centrais sindicais, os participantes pediram a redução da Selic, a queda de
tarifas e de juros bancários e a regulamentação do sistema financeiro por lei.
Em 2013, o Copom
elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, em abril, e em 0,5
ponto percentual em maio, julho, agosto e outubro. No próximo ano, a
expectativa das instituições financeiras é que a Selic continue a subir. A
projeção para o final de 2014 passou de 10,25% para 10,50% ao ano.
A taxa é usada pelo
BC como instrumento para influenciar a atividade econômica e, por consequência,
a inflação. Quando a inflação está em alta, o Copom eleva a Selic para reduzir
a pressão sobre os preços. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação, que é 4,5%,
com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Para as centrais
sindicais, a taxa de juros elevada só favorece os bancos e outras instituições
financeiras que passam a receber mais pelas aplicações em títulos públicos.
Além disso, como a Selic serve de referência para as demais taxas, os juros de
empréstimos também sobem.
Após passar pelo
BC, os manifestantes seguiram para o Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia é
questionar o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, considerado
por eles como “político”. Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT) Vagner Freitas, as prisões do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do
ex-tesoureiro do PT Delúbio Sores e do deputado José Genoino (PT-SP) foram
“injustas”.
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