Justiça brasileira
emite ordens de prisão contra arguidos do "mensalão"
O Supremo Tribunal
Federal brasileiro emitiu ordens de prisão para 12 arguidos do escândalo de
corrupção "Mensalão", entre eles o ex-ministro José Dirceu e o
ex-presidente do Partido dos Trabalhadores José Genoino.
Os mandados foram
entregues à Polícia Federal por volta das 16:00 horas locais (19:00 horas de
Lisboa) e a expectativa é de que sejam cumpridos ainda hoje.
O ex-presidente do
PT José Genoino, que havia informado que se entregaria à polícia assim que o mandado
fosse expedido, foi o primeiro a entregar-se, na delegacia de São Paulo,
conforme imagens transmitidas pela televisão brasileira.
Poucas horas antes,
Genoino voltou a afirmar, numa nota pública, que é inocente e que foi condenado
numa "operação mediática" e num julgamento "marcado por
injustiças e desrespeito às regras do Estado democrático de direito".
Também foram
emitidas ordens de prisão para o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o
ex-publicitário Marcos Valério, considerado o "operador" de todo o
esquema.
A lista completa
dos 12 arguidos ainda não foi divulgada.
Ao todo, foram
condenado 25 arguidos, mas parte deles ainda aguarda o julgamento de recursos e
por isso ainda não foi emitida a ordem de execução das suas penas.
O
"mensalão" foi um esquema de corrupção descoberto em 2005 e julgado
entre agosto e dezembro do ano passado.
O esquema consistia
no pagamento ilegal a deputados da oposição do governo em troca de apoio
político.
FYRO // APN - Lusa
Ex-ministro
brasileiro José Dirceu entrega-se para cumprir pena do "mensalão"
O ex-ministro
brasileiro José Dirceu, condenado como o ideólogo do "mensalão",
esquema de corrupção revelado durante o primeiro governo do presidente Lula da
Silva, entregou-se hoje à noite na sede da Polícia Federal em São Paulo.
A ordem de prisão
foi expedida hoje pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, no mesmo dia em que
se celebra a Proclamação da República. O ex-braço direito de Lula da Silva foi
condenado a sete anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e dois anos e 11
meses por formação de quadrilha (associação criminosa).
Dirceu ocupou o
cargo de ministro da Casa Civil entre 2003 e 2005, os primeiros anos do
primeiro mandato do Governo de Lula da Silva e era tido como o homem de
confiança do então Presidente, tendo deixado o cargo após as primeiras
denúncias sobre o esquema.
Outros cinco réus,
de um total de 12, também já se entregam à polícia, em diferentes cidades.
Lusa
*Título PG
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