Almiro Mazive, da
AIM, em Macau
Macau, 05 Nov (AIM) O vice Primeiro-Ministro chines, Wang Yang, anunciou hoje um conjunto de oito novas medidas cujo objectivo é apoiar o desenvolvimento económico e social dos países da África e Ásia, membros do Fórum Macau, incluindo Moçambique.
Wang, que falava durante a sessão de abertura da 4ª Conferência Ministerial do
Fórum Macau, destacou entre estas medidas, que deverão ser executadas no
período compreendido entre 2014 e 2016, a disponibilização de um fundo no valor
de 300 milhões de dólares norte-americanos para empréstimos, em condições favoráveis, destinados à construção de infra-estruturas e projectos de produção.
Este gigante asiático também comprometeu-se a convidar duas mil pessoas,
incluindo trabalhadores estudantes de pós graduação, dos países da Africa e
Asia do Fórum Macau, nomeadamente Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo verde e Timor Leste, para projectos de formação na China e vice-versa.
Um total de 1.800 bolsas de estudo serão oferecidas pela China, como forma de
incentivar e apoiar o intercâmbio de estudantes entre os PLP e esta potência
económica asiática.
Nesta mesma esfera, a China vai destacar, no próximo triénio, 210 médicos a este mesmo grupo de países.
A China compromete-se ainda a usar a plataforma de Macau como ponto de partilha de informação para um melhor intercâmbio de bilingues qualificados, para além de apoiar na construção de infra-estruturas destinadas ao ensino e formação, e doar equipamentos de radio, televisão e telecomunicações, e um projecto de energia solar para iluminação pública.
Por seu turno, o Ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, disse acreditar que o Fundo de Cooperação e de Desenvolvimento entre este gigante asiático e os Países de Língua Portuguesa (PLP) constitui uma alavanca fundamental no impulso que se pretende dar ao investimento privado e ao estabelecimento de parcerias público-privadas.
Este Fundo foi anunciado em Macau, no decurso da 3ª Conferência Ministerial do Fórum Macau, como uma alavanca para impulsionar o investimento privado e o estabelecimento de parcerias público-privadas.
O Ministro, que também falava na sessão de abertura, explicou que este facto vai maximizar as oportunidades de investimento existentes entre as partes que,através deste através deste Fórum, tem vindo a impulsionar as trocas comerciais entre a China e os PLP. Este intercâmbio tem como meta atingir 160 biliões de dólares norte-americanos até 2016.
O Fundo de Cooperação tem como capital social mil milhões de dólares e é
promovido pelo governo da China, por iniciativa conjunta do Banco de
Desenvolvimento desta potência asiática e do Fundo de Desenvolvimento
Industrial e de Comercialização do Macau.
O Fundo de Cooperação e de
Desenvolvimento entre a China e os PLP constituirá uma alavanca fundamental no
impulso que se pretende dar ao investimento privado e ao estabelecimento de
parcerias público-privadas,
explicou o chefe da diplomacia moçambicana, para de seguida apelar aos países
que integram o Fórum a direccionarem os seus investimentos à área de
infra-estruturas, principalmente no meio rural, por forma a torná-lo propenso a produtividade.
Segundo o Ministro, a experiência conjugada a realidade de Moçambique e de outros Países de Língua Portuguesa (PLP) mostra que é no meio rural onde vive a maioria da população.
Baloi vincou ainda a necessidade de se investir na agricultura, saúde e educação, dando maior enfase a formação técnico-profissional, também virada ao desenvolvimento local, e com os olhos postos na promoção do auto-emprego.
A nossa experiência conjugada
à realidade de Moçambique e de outros países aqui representados, mostra que
devemos estabelecer infra-estruturas económicas e sociais básicas para dotar o
meio rural de melhores condições de vida e torná-lo mais propenso à
produtividade, afirmou Baloi.
Segundo o Ministro, trata-se de áreas cruciais para a redução da pobreza e que podem simultaneamente galvanizar a integração regional.
(AIM) Mz/sg
Sem comentários:
Enviar um comentário