Díli – O massacre
de Kraras, no distrito de Vikeke, vai ser relembrado a nível nacional no 38.º aniversário
da Independência de Timor-Leste, a 28 de Novembro, que este ano se assinala na
naquela localidade.
A República da
Indonésia invadiu e ocupou Timor-Leste em 1975, iniciando uma campanha de
violência que matou 200 mil timorenses. Alguns dos episódios desta violência
foram massacres registados em diversas aldeias.
Durante o verão de 1983, quase três centenas de moradores de Kraras, que ficou depois conhecida como «a aldeia das viúvas», foram mortos pelas tropas indonésias.
A força militar daquele país matou os moradores por acreditarem que estes eram a favor da independência de Timor-Leste, uma vez que no início da ocupação alguns homens daquela região fugiram para a selva, para lutarem contra a ocupação indonésia.
Um bebé e várias crianças foram também mortos pelas forças do Exército da Indonésia.
Desde a independência total em 2002, o Governo celebra anualmente o Dia da Proclamação, em Díli, a 28 de Novembro. Este ano, as autoridades timorenses decidiram realizar a celebração em Kraras, para que todos os cidadãos possam também reflectir sobre o passado, para que seja construída a unidade nacional do interesse do desenvolvimento.
O secretário de Estado português dos Negócios Estrangeiros está em Timor-Leste para participar nas celebrações.
O vice-Primeiro-ministro
timorense, Fernando Lasama de Araujo, disse que o massacre de Kraras poderá ser
uma reflexão para as pessoas avançarem. O vice-Primeiro-ministro referiu que o
Governo vai proteger aquela localidade, que consiste num ponto histórico do
país
Fernando Lasama de Araújo disse ainda que todos os locais históricos serão considerados pelo Governo de Timor-Leste.
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