A par das
tensões que norteiam o ambiente político interno e em função dos supostos
assassinatos de dois activistas cívicos, nomeadamente, Alves Kamulingue e
Isaías Cassule, e na antevisão da manifestação convocada pelo partido UNITA, a
nossa redacção teve acesso a um documento confidencial, exarado a partir do
Gabinete de Isaías Samakuva, que procede a uma série de orientações aos seus
militantes e operativos encarregues de organizar a manifestação de dia 23 de
Novembro.
O documento é
explícito ao afirmar que um grupo deverá mobilizar a população e caminhar até
ao palácio presidencial. De lá não sairão até que o presidente Eduardo dos
Santos seja destituído do cargo.
O “Decreto
Samakuva” que está a circular em todas delegações provinciais do partido com
orientações precisas, já recebeu “despacho de disponibilidade” de Benguela,
Huambo e Bié, que enviarão seus militantes para se posicionarem “à altura das
orientações” constantes no documento, dizem em missivas dirigidas ao
Secretário-Geral do galo negro.
De acordo com o
mesmo documento, o presidente Samakuva pensa não ser possível a UGP matar todos
os manifestantes de uma só vez, pelo que “vale a pena arriscar”.
Nossa fonte
confirmou que as reuniões dos chamados “operativos” decorrem sob a supervisão
do Secretário- Geral Victorino Nhany, e acontecem todos os dias no período das
dezanove até vinte e duas horas, uma agenda que deverá manter-se até à data da
realização da referida manifestação.
O que se previa ser
uma manifestação pacífica, começa a tomar contornos de violência que pode abalar
a estabilidade política e até mesmo social do país, um fardo que poucos estarão
dispostos a assumir.
Cópia do documento
a que tivemos acesso:
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