Deutsche Welle
Serifo Nhamadjo,
presidente de transição da Guiné-Bissau, fixou 16 de março do próximo ano como
nova data das eleições gerais (presidenciais e legislativas), de acordo com o
decreto assinado esta sexta-feira (15.11).
A data para essas
eleições surge depois de várias consultas realizadas pelo Presidente de
transição, Serifo Nhamadjo, ao Governo de transição, aos partidos políticos e
"outras forças vivas" da Guiné-Bissau. Para Nhamadjo estão agora "preenchidos
os pressupostos que permitem com segurança a marcação da nova data".
Para o Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o maior partido
guineense, o mais importante é que as eleições sejam realizadas de forma livre,
justa e transparente, como disse à DW África Manecas dos Santos, dirigente do
PAIGC.
"Não temos
nenhuma objeção a qualquer data que seja marcada pelo Presidente da República.
Queremos sim que sejam eleições transparentes e justas e que os resultados não
sejam contestados por ninguém", declarou.
Eleições coincidem
com campanha de cajú
Por seu turno,
Agnelo Regala, líder da União Para a Mudança (UPM), espera que desta vez essas
eleições tenham realmente lugar.
"Não existem
outras possibilidades para falhas. O país tem que cumprir este calendário
porque caso contrário a crise vai agravar-se ainda mais e chegaremos a um ponto
de insustentabilidade que poderá trazer convulsões a nível do tecido social
guineense", avisa.
Segundo o
Presidente de transição, a Comissão Nacional de Eleições e o Gabinete Técnico
de Apoio ao Processo Eleitoral deram "garantias técnicas” de que estão
reunidas todas as condições para a realização das eleições no primeiro
trimestre de 2014".
No entanto, na
opinião de Agnelo Regala, a nova data para a ida às urnas vai coincidir com a
campanha da castanha de cajú, ou seja, a altura do crescimento económico do
país. "Sabendo que os membros do Governo vão estar nas campanhas
eleitorais, seria bom que fosse criada uma entidade que pudesse conduzir todo o
processo da castanha de cajú, à margem do Governo", defende.
Em contrapartida,
Afonso Té, que lidera o Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento
(PRID), afirma que marcar a realização das eleições gerais para março é uma
data realista. "A nossa proposta foi sempre o primeiro trimestre de 2014,
porque é algo realista e pragmático".
Escrutínio esteve
marcado para novembro
O escrutínio esteve
agendado para 24 de novembro, mas vários obstáculos, nomeadamente a
disponibilidade financeira, obrigaram ao adiamento do ato eleitoral.
Entretanto, o
advogado Vicente Fernandes, do Partido da Convergência Democrática (PCD),
defende o cumprimento da lei ou seja o respeito pelos prazos para a preparação
de todo o processo eleitoral. "Que a lei seja cumprida, que a democracia
ganhe e que haja paz e estabilidade para a Guiné-Bissau, que bem precisa",
sublinha.
O orçamento das
eleições, na ordem dos 14 milhões de euros, "apenas ficou assegurado a
pouco mais de 30 dias do prazo agendado, graças às contribuições decisivas da
Conferência de Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO), da Nigéria, Timor-Leste e União Europeia", acrescenta
o advogado.
Entretanto, o
Governo de transição já anunciou que o recenseamento eleitoral vai decorrer de
01 a 21 de dezembro.
Autoria: Braima
Darame (Bissau) / LUSA – Edição: António Rocha / Madalena Sampaio
2 comentários:
tenham paciencia esse dinheiro nao vai para as eleicoes e mesmo que houver eleicoes ja conhecemos o proximo presidente por quem quizer ou nao (KUMBA YALA) este sera colocado no poder por Antonio indjai por isso nao é necessario estas eleiçoes espero que Angola nao ajude com nehum centimo de euro que se debruiem como entender
olha para ele ja esta tudo rico esse ladrao
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