segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Escritor timorense Luís Cardoso completa circum-navegação em Díli com chave de diamante

 


Díli, 25 nov (Lusa) - O escritor timorense Luís Cardoso lançou hoje em Díli o seu último livro, "O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação", num momento que considerou "emocionante" e que fechou com "chave de diamante" a divulgação da obra.
 
"O momento emocionante foi o encontro com as pessoas. Foi uma coisa surpreendente, do coração, houve ali um momento em que os espíritos dos nossos antepassados estiveram lá a celebrar connosco", afirmou à agência Lusa Luís Cardoso.
 
Na cerimónia de lançamento da obra, que decorreu no Museu e Arquivo da Resistência Timorense, participaram cerca de 200 pessoas, a quem o escritor esteve a dar autógrafos durante mais de duas horas.
 
"O momento dos autógrafos foi um encontro pessoal com as pessoas. Mas o momento importante foi o da celebração de algo", disse.
 
Sobre o livro, Luís Cardoso disse que foi feita uma "circum-navegação do próprio autor".
 
"Este livro fez um percurso de ida até Lisboa e de Lisboa voltou a Díli. Foi um percurso com muitas alegrias que fechou hoje com chave de diamante", referiu.
 
A obra, segundo a sinopse disponibilizada na página na Internet da Sextante Editora, conta a história contemporânea de Timor-Leste através de três navios - o Arbiru, o Lusitânia Expresso e nau Vitória - e inclui todos os que participaram para a construção do país.
 
"Hoje foi o términus do caminha deste livro e tenho outro já na forja", afirmou Luís Cardoso, sem adiantar pormenores sobre a próxima história, porque o "segredo é a alma do negócio.
 
Luís Cardoso nasceu em 1959 em Cailaco e estudo em Díli no Liceu Francisco Machado, tendo depois seguido para Portugal para ingressar no Instituto Superior de Agronomia.
 
O autor, que viveu em Portugal durante a ocupação indonésia, também estudou direito e fez o mestrado em política do meio ambiente.
 
A sua obra literária inclui a Crónica de uma Travessia (1997), Olhos de Coruja, Olhos de Gato Bravo (2001), A Última Morte do Coronel Santiago (2003) e o Requiem para o Navegador Solitário (2006).
 
A cerimónia de lançamento do livro foi organizada pelo Arquivo e Museu da Resistência Timorense em conjunto com a secretaria de Estado da Arte e Cultura e a Presidência do Conselho de Ministros.
 
MSE // PJA - Lusa
 

1 comentário:

Maria João Cantinho disse...

Boa tarde, gostaria de convidar o Dr. Luís Cardoso para escrever uma crónica para a revista "Café Com Letras", de literatura lusófona. Como poderei contactá-lo? Cordialmente, Mjoão Cantinho

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