O representante
especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na Guiné-Bissau, Ramos-Horta,
anunciou que o antigo Presidente guineense Kumba Ialá pretende "ajudar a
consolidar a paz e a democracia" no país.
A declaração do
responsável pela missão da ONU surgiu em comunicado, depois de reuniões que
manteve no domingo com várias figuras políticas guineenses.
Kumba Ialá foi um
dos cinco candidatos que se queixaram de fraude na primeira volta das eleições
presidenciais de 2012, denúncias que antecederam o golpe de estado militar de
12 de abril - que impediu a realização da segunda volta e levou ao atual
período de transição política.
As reuniões que
Ramos-Horta manteve no domingo com responsáveis políticos aconteceram depois de
um novo episódio de instabilidade, com um ministro de estado, Orlando Viegas, a
ser espancado por desconhecidos, fardados e armados, na noite de terça-feira, à
porta de casa.
O caso de violência
estará relacionado com desentendimentos entre diferentes forças acerca do
controlo do porto de Bissau (uma das principais fontes de receita pública),
referiu o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, ao comentar o assunto na
última semana.
Orlando Viegas tem
sido apontado como um dos responsáveis por um alegado estudo para privatização
do porto da capital, que motivou contestação entre os trabalhadores.
Mas as polémicas
remontam a 16 de agosto, quando Orlando Viegas suspendeu o então diretor-geral
da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), Augusto Cabi, e este se
recusou a acatar a decisão.
Na altura, Cabi
disse que estava a ser afastado devido a "lutas internas" no Partido
da Renovação Social (PRS), principal força de oposição na Guiné-Bissau.
Na reunião de
domingo, Ramos-Horta disse ter pedido a Kumba Ialá, antigo líder do PRS e
figura histórica do partido, para contribuir "para a pacificação e
consolidação da estabilidade na Guiné-Bissau".
Abordou igualmente
"a necessidade de as elites políticas dialogarem entre si, tal como as
elites militares e a própria sociedade civil, por forma a eliminar
desconfianças e ultrapassar diferenças", sublinhou.
O objetivo é que
"os esforços de todos se centrem nas eleições, previstas para o primeiro
trimestre de 2014", para que decorram "com total tranquilidade e sem
que haja vencidos", disse José Ramos-Horta.
"Nenhum
partido poderá ter a veleidade de reclamar para si a exclusividade da posse de
soluções, devendo estender a mão e convidar outras forças políticas ou
personalidades independentes para, juntos, estabelecerem uma governação estável
e eficaz", acrescentou, citando a conversa com Kumba Ialá.
Do antigo líder,
diz ter recebido garantias de "apoio à paz".
No encontro,
Ramos-Horta voltou a condenar o espancamento do ministro Orlando Viegas, que
está a ser investigado por uma comissão de inquérito "urgente",
segundo anunciou o Procurador-Geral da República, Abdu Mané.
LFO // PJA – Lusa –
foto Mário Cruz
2 comentários:
este homem nunca sera mais presidente da guine bissau pelas urnas,desculpem caros leitores este diabo vermelho hoje parace ter uma boca doce o que nao é verdade todo o mundo lhe conhece o homem que nunca aceitou o resultado das urnas e nunca aceitara se a guiné bissau esta nessa situaçao dramatica é por causa deste bandido nao ha outro nome, pergunto: porqué que o Ramos Horta foi ter contacto com este diabo? o Ramos Horta nao sabe quem foi este homem? o Ramos Horta nao sabe que as eleiçoes foram anuladas por kuma yala ouvi este dizer na rtp africa que ia ajudar para a paz na guiné bissau que mentiroso?
ainda nao declarou a sua candidatura as proximas eleicoes respondeu aos jornalistas que ainda é prematuro mas que vera mais tarde ninguém votara por ele mas se apresentarse, ganhara porque ninguém tera a coragem de anunciar que o Kumba perdeu. A sua milicia sera ja preparada para por essa razao também ja é do nosso conhecimento atravez do seu discurso o actual presidente da republica o Antonio Indjai vai candidatarse todos tem direito de participarem nestas eleiçoes mas alguns nao até foram interditos de meterem seus pés na guiné
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