O representantes
especial das Nações Unidas (ONU) para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, disse
hoje que o agravamento da situação dos direitos humanos naquele país africano
se deve "à fragilidade extrema do Estado".
"Nas últimas
semanas, tem havido um agravamento da situação dos direitos humanos, não
necessariamente da responsabilidade de quem está no regime da transição, mas
tem muito mais a ver com problemas políticos entre diferentes fações políticas
ou das Forças Armadas", declarou Ramos-Horta, que foi convidado para um
debate em Genebra sobre paz.
José Ramos-Horta
chamou a atenção dos partidos políticos e da instituição militar para evitar
violência política interpartidária e no seio das Forças Armadas, numa
referência à degradação da situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau.
Fazendo uma alusão
às situações graves de conlflito que se vivem na Síria, no Mali ou república
Centro Africana, Ramos-Horta sublinhou que "na Guiné-Bissau ainda existe
um clima de paz, de estabilidade e de relativa segurança, mas o Estado é
extremamente frágil e incapaz de exercer o seu poder judiciário".
Frente a um público
atento, o ex-Presidente de Timor-leste sublinhou que, "afortunadamente, os
atos de violência na Guiné-Bissau não são inter-religiosas ou interétnicoss,
devendo-se principalmente ao fracasso de elite política do país aos longos dos
anos".
"Estamos a
fazer todos esforços para que as próximas eleições decorram com normalidade,
tranquilidade e total transparência", declarou o representante especial,
lembrando que as eleições, previstas para novembro, foram adiandas para jneiro
de 2014.
O também Prémio
Nobel da Paz, manifestou a esperança de que "os políticos guineenses, ao
fim de 40 anos e depois de várias tentativas de estabilidade e de paz, consigam
encontrar o melhor caminho".
Ramos-Horta
destacou dois pontos essenciais para alcançar o sucesso nas eleições e alcançar
uma estabilização: "Terá de ser através de uma política de grande inclusão
em todos são ganhadores (...), para que não haja cidadãos de segunda
classe" e, por outro lado, "tem de haver um maior compromisso da
comunidade internacional, com um maior financiamento para reconstrução do Estado
[guineense] em si".
"Na
Guiné-Bissau, o Estado não é especialmente agente de violações dos direitos
humanos, mas a extrema debilidade do Estado e do poder judiciário deixou
instalar uma cultura de impunidade", sublinhou o representante da ONU,
defendendo. por isso, "uma maior intervenção da comunidade internacional,
para ajudar o poder judiciário e reorganizar todo o Estado".
O mesmo responsável
destacou que que Portugal, a União Europeia e as agências da ONU continuam a
apoiar a sociedade civil guineense, fornecendo assistência humanitária nos
setores da saúde, da alimentação e da educação, entre outros.
José Ramos-Horta
disse esperar o regresso à normalidade e que os Guineenses da diáspora voltem
ao país para contribuir para o seu crescimento.
"A Guiné-Bissau
tem cidadãos altamente qualificados, médicos, juristas, economistas fora do
país. Todos eles juntos podem transformar o país", concluiu.
VYE // ARA – Lusa –
foto António Amaral
2 comentários:
RAMOS HORTA A GUINE BISSAU NAO ESTA NUM CLIMA DA PAZ O PROBLEMA E QUE E SO UM GRUPO ENTICO QUE DETEVE AS ARMAS PARA TERRORIZAR O POVO INDEFESO A GUINE BISSAU ESTA CERCADA PELOS PAISES DE CEDEAO QUE APOIARAM OS GOLPISTAS NESTE CASO E MUITO DIFICIL FAZER ENTRAR ARMAS NA GUINE PARA LUTAR PELA SEGUNDA VEZ POR UMA NOVA INDEPENDECIA TOTAL E INCONDICIONAL ESTE REGIME VAI DURAR MUITOS ANOS. E SO COM AS ARMAS QUE A SITUACAO PODERIA MUDAR MESMO COM A PERDA DE VIDAS HUMANAS.NINGUEM E CAPAZ DE AJUDAR A GUINE BISSAU POBRE SOMOS DE UM PAIS MAIS POBRE DO MUNDO NAO QUEREMOS NOVAS ELEICOES A ESMOLA QUE FOI OFERTA E SO PARA ENRIQUECER A ESSE BANDO ARMADO E CIVIS GOLPISTAS E MAIS NADA.
FOI LIBERTADO HOJE O SUPEITO NUMERO UM DO ESPANCAMENTO DO MINISTRO GOLPISTA ORLANDO VIEGAS POR PRESSAO DE KUMBA YALA E DE ANTONIO INDJAI ESPORO QUE SENHOR RAMOS HORTA TENHA INFORMACOES EXACTAS SOBRE ESSA LIBERACAO
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