05 de Novembro de
2013, 13:30
Duas mulheres foram
esta manhã raptadas em Maputo, uma moçambicana e outra de nacionalidade
portuguesa, naquele que está a ser o dia mais dramático desta vaga de crimes.
Depois da
informação já confirmada pelo cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles
Gomes, do rapto de uma cidadã portuguesa esta manhã, na cidade satélite da
Matola, a agência Lusa recebeu indicações de um outro caso que visou uma mulher
moçambicana de 33 anos, ocorrido por volta das 08:00 horas no bairro Laulane,
nos arredores da capital.
Em declarações à
Lusa, Samuel Maibasse, responsável de segurança da organização não-governamental
(ONG) Save the Children, disse que a mulher de um dos funcionários desta ONG
foi esta manhã raptada na sua residência, perante os seus filhos, irmã e
cunhado, alegadamente por cinco homens.
"A primeira
pessoa trazia uma pasta - o cunhado do meu colega (que presenciou o crime)
disse que pensavam que eram da Electricidade de Moçambique - de onde tirou uma
pistola, mandou as crianças deitarem-se, começou a recolher telefones e exigiu
dinheiro, levaram computadores e mais coisas, e, no final, levaram com eles a
esposa", disse Maibasse.
"Disseram para
não informar a polícia e foram-se embora. Ele [o colega de trabalho] informou
logo a polícia. Ainda não temos clareza se é rapto ou se queriam roubar e a
levaram para protecção deles", acrescentou o responsável.
Sobre o caso da
cidadã portuguesa, o rapto ocorreu no interior da empresa onde exerce funções
de gestora financeira, estando neste momento as autoridades portuguesas estão a
acompanhar o desenvolvimento da situação.
Este é o segundo
rapto conhecido envolvendo cidadãos portugueses, de uma onda de sequestros que
começou em 2011 e que tem visado sectores abastados da sociedade moçambicana.
Os familiares da
vítima já foram informados do sucedido, adiantou.
A identidade da
vítima e a identificação da empresa não foram ainda divulgadas.
Lusa – Sapo MZ com
foto
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