Raul Diniz
Os angolanos não esperavam apenas promessas irrelevantes da
parte do presidente da republica nos seus intermináveis discursos inacabáveis e
destorcidos, discursos desconexos, que se afunilam em torno do buraco escuro da
ignorância inoperante de um regime a muito adormecido no sono do tempo.
Todos sabem que JES não é nem nunca foi leal nem tão pouco
foi um exemplar servidor amigo do povo. Por isso, a sua palavra sempre esteve
comprometida com a mentira, ele não cumpriu em momento algum nenhuma das promessas
anunciadas nas campanhas eleitorais em que fez parte!
O Povo Angolano é o Único Soberano
Todos bem sabem que JES nunca empenhou com verdade a sua
palavra em momento algum! Pessoalmente não estou de acordo nem à disposição
daqueles que pensam que a politica instrumento de serviço público, que deve ser
feita para favorecer o povo, por isso o bom politico é aquele que faz da
politica um compromisso realizável juntamente e de mãos dadas com o povo para
servi-lo com decência e eficiência. Sabemos todos, que em democracia o povo é
de facto e de direito o verdadeiro e único soberano dono exclusivo do poder
real e com isso é merecedor de toda atenção dos servidores públicos escolhidos
pelo voto popular. Não são as elites o soberano na historia de qualquer país
civilizado e democrático que se preze. Temo que seja necessário e urgente
exterminar definitivamente a velha politica, e sepulta-la juntamente com o
verdugo chefe do regime totalitarista.
Angola precisa urgentemente de um novo sujeito de clarificação
política
Precisamos adensar com urgência o debate politico com uma
dinâmica diferente em toda sociedade politica, para esta entender com sensatez
a necessidade de existir no país uma nova direção para subverter o estado de
ignorância e de miséria que o povo e o país vivenciam nesses conturbados
tempos. Acredito na importância de emergir no teatro cênico da politica
nacional um novo sujeito politico ativo, que ajude o país e o povo a sair do
estado do estado de estagnação que o país atravessa a todos os níveis. É
importante que se estabeleça no país um novo sujeito autoral permanente
dinamizador de um novo ativismo politico clarificante, que determine uma nova
era em torno do eventual sujeito social renovador, que se espera seja
patriótico.
O povo angolano é PHD em sabedoria narrativa analógica
Acredito que o povo angolano na sua maioria seja
literariamente analfabeto, mas, desenganem-se os autônomos linguarudos da
verdade expressa JESSEANA, porque o nosso amável povo é Doutorado e posso mesmo
afirmar, que por incrível que pareça, o nosso povo é realmente PHD em sabedoria
narrativa analógica, ele sabe o tempo, o momento, conhece os estágios
atravessados pelo país até hoje, e percebe bem o momento politico do país que
viu nascer a 40 anos sobre a batuta exclusiva dos dois excêntricos ditadores
mortíferos que comandaram MPLA/ Partido do trabalho e mais tarde o MPLA/JES. O
povo está emocionalmente incomodado com o país que tem, na verdade, para Angola
sair do presente estado de letargia estacionaria que se encontra o presidente
da republica precisa fazer muito mais do que discursos inviáveis cheios de
inverdades insanas. O núcleo da cúpula do partido no poder tem que fazer muito
mais do que as muitas desarticuladas passeatas de apoio ao ditador presidente
dono do latifúndio cada vez que vomitar algum de seus deselegantes discursos
horripilantes e diversionistas!
Temos que romper com o passado cansativo
Fica claro que temos todos que romper com o passado que
insiste em ser o nosso presente de cada dia! O molde do país que desejamos não
pode continuar a ser o sujeito velho que impera hoje, e que a todos choca pela
imensidão das vastas desigualdades que transporta. O sistema velho não pode de
maneira alguma prevalecer e continuar a ser o sujeito garantidor da mudança que
precisamos em Angola.
Precisamos afugentar o fenômeno de implosão social, que se
a próxima a toda velocidade.
Os frequentes discursos do presidente disléxico Eduardo dos
Santos, trazem consigo a discórdia generalizada que afoga toda a população e os
discursos serem sempre direcionados para a mesma classe, a minoria governante
que não se cansa de se ouvir e se reconhece nos discursos do seu chefe de fila,
essa classe tornou-se a consumidora exclusiva de toda riqueza conseguida nos
quarenta anos da Dipanda conduzida de modo desastroso por Agostinho Neto e José
Eduardo dos Santos Todos juntos e de mãos dadas, temos de evitar a anunciada
implosão social que caminha vertiginosamente em todas as dimensões da estrutura
social do país! Não existe mais tempo para procurar os culpados dessa terrível
situação, temos que nos organizar para vencermos a morte que se aproxima em
todas as direções.
A verdade nunca foi exclusividade de nenhum dos Presidentes
Angola
Entendemos todos que a verdade sintetiza e movimenta com
seriedade a verdadeira politica ativa, pois, sabemos todos, que a mentira é
sempre aflorada inquisidoramente em qualquer momento por nada representar em
termos de realização construtiva. A verdade que o regime tenta fazer passar,
nunca foi monopólio de homem algum, e muito menos o é do regime angolano, cujas
bases estão assentes na mentira compulsiva e retrógrada. Quem tem tido a
coragem de ler os meus textos, apesar de serem sempre acompanhados de falhas na
construção das frases pouco sintetizadas, cheias de erros estruturais,
ortográficos e de síntese, ainda assim, não poderão futuramente acusar-me de me
ter-me recusado em denunciar com frequência o verdadeiro responsável do momento
de crise politica e institucional que Angola atravessa.
O povo não quer um casamento com JES, nem com outra
qualquer pessoa individual.
A ação demonstrativa dos meus escritos tem-me levado a
mostrar outros viáveis caminhos passiveis de mudança, Quanto as frequentes
denuncias na busca da identificação do verdadeiro culpado da situação perigosa
que vivenciamos não se resume apenas a encontra-lo, mas a demonstrar igualmente
que o povo não quer nem deseja oficializar um casamento politico com Eduardo
dos Santos nem com o seu regime retrogrado a amaldiçoado, nem com outra
qualquer personalidade individual e/ou coletiva. O povo não deseja fazer pacto
nenhum de fidelidade com o MPLA e muito menos com o seu presidente vitalício. O
que o povo deseja ardentemente, é fazer um acordo institucional de construção
para pacificar verdadeiramente o país que todos desejamos seja igual para todos
e traga as mesmas oportunidades para todos, sem que existam nele angolanos de
primeira nem de segunda! Os angolanos não precisam reverenciar homem nenhum,
pois já têm um Deus vivo e verdadeiro a quem se humilhar louvar, glorificar e
adorar.
Perdoem-me os adeptos apoiantes de Eduardo dos Santos
Perdoem-me os apóstolos da mentira, severos apoiantes
defensores da verdade de Eduardo dos Santos, mas posso afirmar sem medo nenhum
de errar, que José Eduardo dos Santos não fará parte do projeto de refundação
da nossa Angola futura, nem mesmo que ele passe por um processo de conversão
recicladora. Tenho crido que a dor é o preço maior a pagar-se por tudo aquilo
que nos é precioso na vida. Por esse motivo somos conhecedores do bem e do mal,
e só não muda para fazer o bem quem não sentiu ainda a dor que o sofrimento
causa a nossa integridade espiritual e física! Aprendi ainda pequenino, que
ninguém mata o que ama e nem atropela o que lhe é precioso, por isso, percebo
hoje, que a maldade do regime do presidente Dos Santos transporta, não lhes
permite ter em conta o sofrimento do povo que diz falsamente servir, pois quem
serve com amor respeita as liberdades e a vida dos cidadãos a quem serve por
mandato. Os angolanos nunca foram importantes para Eduardo dos Santos nem para
sua família e nem dos seus seguidores.
Humildemente fico por aqui
A politica deve ter um significado idêntico a um casamento
entre duas pessoas de sexos opostos, com personalidades distintas e com
pensamentos e modos de agir diferenciados, mas, no momento de crise, a esposa
ou o esposo apesar das suas relevantes divergências não se excluem um ao outro,
antes pelo contrario eles se complementam apoiando-se. Se JES e o MPLA
respeitassem e amassem o povo, a muito estaríamos todos a viver alegres e
felizes sem abusos, perseguições, raptos, prisões arbitrarias, e muito menos existiriam
os frequentes assassinatos contra o desprotegido povo como vem acontecendo.
Onde estão Isaías Cassule e Kamulingue? Como entender que um dito presidente
que se afirma democrata permite a autoria de morticínios frequentes, autoriza a
prisão de um filho nosso, o nosso menino Nito Alves, o primeiro preso politico
adolescente oficialmente reconhecido pelo próprio regime! Onde foram parar as
garantias e os direitos dos cidadãos defendidos pela atípica constituição
promulgada por Eduardo dos Santos? Afinal, quem é, e o que deseja ainda Eduardo
dos Santos dos verdadeiros filhos de Angola? Perdoem-me se falei aqui alguma
mentira! E se enganei o povo com os meus dizeres, critiquem-me e/ou façam o que
bem entenderem de mim, mas deixem o nosso menino angolano de ouro em paz,
coloquem-no em liberdade enquanto é tempo senhores vampiros desalmados.
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