O presidente e
editor-chefe do grupo Forbes Media, Steve Forbes, defendeu hoje que Portugal
tem condições para crescer economicamente e realizar as reformas estruturais,
mas precisa de "se livrar das garras da 'troika'" e "reduzir
impostos".
Ao discursar na II
Cimeira do Turismo Português, realizada hoje em Vilamoura, no Algarve, o
presidente da revista que costuma fazer a relação das principais fortunas
mundiais lembrou os exemplos da Alemanha e do Japão no período pós II Guerra
Mundial para mostrar como Portugal teria vantagens em "reduzir o mais
possível os impostos" para atrair investimento.
Steve Forbes
considerou que o IVA na restauração a 23 por cento "é um grande erro"
e sublinhou que Portugal deve "fazer tudo para criar incentivos fiscais
que possam atrair o investimento estrangeiro".
"Há uma forma
de fazer as reformas e ao mesmo tempo fazer crescer a economia. Não se excluem
uma à outra. Mas entretanto devem ir fazendo o que podem para dar incentivos
fiscais para o capital estrangeiro vir para cá e para as pessoas poderem vir
cá", afirmou.
Forbes, de
nacionalidade norte-americana, deu como exemplo a área do Turismo, onde já
Portugal se destaca, mas que é praticamente desconhecida nos Estados Unidos.
O presidente do
grupo Forbes Media defendeu a aposta na criação de sites de Internet, de blogs,
com informação correta, que permitam promover e dar a conhecer as ofertas do
turismo português a nível internacional.
"O apetite
pelo Turismo de Saúde está a crescer em muitas áreas do globo. E nunca sabemos
quando vamos precisar de uma operação", afirmou, frisando a necessidade de
apostar no "turismo especializado", também na área "das empresas
que precisam de locais para realizar congressos, reuniões e que têm operações
em várias partes do Mundo".
Steve Forbes disse
que muita da divulgação do seu grupo já é feita online, o que permite a
utilização de um meio que é cada vez mais utilizado e que "é barato",
sendo necessário produzir conteúdos fidedignos que levem as pessoas a aderir e
a passar a palavra uma às outras.
O presidente do
grupo Forbes lembrou que Alemanha e o Japão não se recuperaram economicamente
no pós guerra devido a austeridade, mas à aposta numa política de redução
fiscal que, aliada à criação de uma moeda, permitiu contrariar a hiperinflação que
se sentia no país e promover taxas de crescimento económico elevadas.
Por isso,
mostrou-se confiante nas potencialidades de Portugal, cuja primeira prioridade
deve ser "livrar-se das garras da 'troika'" e encetar uma política de
redução e incentivos fiscais para alavancar o crescimento.
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