Balneário Público
“Lei das 40 horas é
retrocesso social e civilizacional”, disse Arménio Carlos. Aliás, quase tudo
que este governo, a UE, o FMI, os credores e os mercados, têm proposto para
Portugal e para os países do sul da Europa representa um retrocesso social e
civilizacional. Outros países europeus, mais a norte, também estão a começar a
tragar este mesmo “remédio” com o pretexto da crise. Quem manda são os bancos e
os mercados. Os poderosos no topo da UE e dos governos estão às ordens de
mandantes estranhos ao eleitorado europeu. Portugal não é exceção mas sim um
dos principais instrumentos de cobaia, junto com a Grécia. O norte da Europa
coloniza o sul e traz o frio e o cinzento da arrogância e do domínio que
congela as soberanias dos países e dos povos. É por isso que o Orçamento 2014 é
como é. É por isso que fantoches como Cavaco Silva, como Passos Coelho, como
Paulo Portas e mais uns quantos a que chamam figuras proeminentes da política
portuguesa, são como são. Vendidos. Executores da hipoteca da soberania de Portugal.
Assim sendo o que esperam destes agentes a servir interesses antagónicos aos de
Portugal? Querem que se demitam? Mas como, se ainda não completaram o
cumprimento das suas agendas de traição e de empobrecimento de Portugal? Não
saem. Não se demitem enquanto não nos esfolarem até à última particula de pele,
até à última gota de sangue. Portugal já está bastante anémico mas pode, se
continuar a consentir esta sangria, morrer de vez. A bem, os carrascos não se
demitem. Só a mal. Sabemos que já não têm legitimidade para continuar a ocupar
os cargos que ocupam, mas é certo que não saem. Só se for à paulada.
Manuel Tiago
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