O general Garcia
Leandro, em entrevista à Renascença, revelou concordar com o alerta de Mário
Soares para o perigo de violência iminente no País, frisando que é fundamental
mudar mentalidades e comportamentos. A necessidade de consenso político, a
culpa do PSD e PS por esta crise, e o papel de Cavaco Silva foram outros dos
temas que comentou.
Além de se mostrar
em sintonia com o alerta de violência iminente de Mário Soares face à situação
do País, e de comentar os papéis do PS, PSD e do Presidente da República, o
general Garcia Leandro criticou também as trocas de acusações entre partidos
que não interessam nada à população.
Em relação ao que
Mário Soares tem vindo a defender, o general – que foi um dos dinamizadores da
recente homenagem a Ramalho Eanes – sublinha que, “embora com um estilo que
desagradou à maior parte das pessoas, [Mário Soares] está a alertar para um
perigo que pode ocorrer”.
O responsável
salientou também que “tem de haver uma grande reforma de mentalidades e
comportamentos, desses processos que a nós não interessam nada, aquelas
acusações que se passam no Parlamento ou nos programas de TV do ‘tu é que és
mau, eu é que sou bom’ não interessam rigorosamente nada, interessa que
governem em condições e que encontrem consensos”, pois se tal não acontecer “o
País desaparece”.
A urgência do
entendimento ente PSD e PS também foi destacada pelo general, que acredita
terem sido estes dois partidos os responsáveis pela crise e ainda por estarem a
aumentá-la. “Não podem fugir ao debate, têm que se encontrar, é assim a
democracia em todos os países do Mundo.”
Garcia Leandro
aproveitou para apelar a Cavaco Silva para utilizar mais o poder negocial e de
influência de Ramalho Eanes, lamentando que o actual Presidente não tenha
chamado Eanes para mediar as negociações de Julho entre PS, PSD e CDS.
Notícias ao Minuto
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