Helder Semedo
A comunicação
social está a sobrevalorizar a ida de Passos Coelho, primeiro-ministro, à reunião
da Concertação Social na próxima quarta-feira, disso damos conta numa compilação
do Jornal de Notícias de hoje, que diz: “O primeiro-ministro, Pedro Passos
Coelho, reúne-se, esta quarta-feira, com os parceiros sociais para discutir, de
uma forma inédita, na Comissão Permanente da Concertação Social, a proposta de
Orçamento do Estado para 2014.”
Aqui, no Página Global,
em título: Portugal:
PASSOS COELHO EM REUNIÃO INÉDITA COM OS PARCEIROS SOCIAIS. Que é inédita a
presença do PM nestas reuniões. Diz-se. Pois não deveria ser, e isto vale para
todos os PMs de todos os governos. Aqui se vê que afinal a Concertação Social não
passa de um circo em que práticamente já tudo ou quase tudo está definido e em
que prevalece a vontade dos patrões e dos governos. Deste também, o de Cavaco e
de Passos, assim como do “irrevogável” Portas. Estamos perante uma tourada ou
perante um circo? Em abono do que se vislumbra masi parece um circo. Podemos
dizer, então, que um dos palhaços-mor vai ao circo. O circo da Concertação
Social – que não é concertação nenhuma mas sim uma fachada, uma palhaçada.
A estratégia e
aplicação do Orçamento de Estado está já mais que definida. O próprio
presidente da República – um dos deste governo – já disse que apesar de o
Orçamento poder conter inconstitucionalidades vai promulgá-lo. Sendo assim o
que pode mudar no OE e nas políticas deste governo ressabiado? Nada. A não ser
aparências. Ilusões. Mentiras. Promessas vãs em que Passos Coelho é exímio,
useiro e vezeiro. Esperam o anúncio de aumento do salário minimo nacional? Pois
podem esperar e Passos até pode dizer que sim, que em 2014 vai haver aumento
dessa remuneração de miséria. Mas vai ter um aumento de quanto? De um euro por
dia? De 30 euros por mês? E isso é alguma coisa? Além do mais quem garante que
Passos vai cumprir com a promessa em 2014? Ninguém pode garantir porque aldrabão
como ele é – demonstrações não faltam – não será novidade que em 2014 não
aconteça aumento algum. Ou se houver esse aumento algo será gizado para
compensar o “prejuízo”. Acrescente-se ainda que as entidades patronais que
pagam com base no salário mínimo nacional (bem menos de 500 euros) são as pequenas
e médias empresas e essas estão com a corda na garganta. Muitas à beira da falência.
E então? Esta coisa
de “Concertação Social” é ou não um grande circo? E não é a esse circo que o
palhaço vai? Palhaço em circo não é inédito. Por que motivo a comunicação
social faz tanto alarido e, em certos orgãos, até se esforça por fazer prova do
“maravilhoso” PM que Portugal tem? Desta vez que jornalistas ambicionam ir para
assessores ou capachos pagos a peso de ouro com o dinheiro dos contribuintes? Se não, porquê tanta chinfrineira com a ida do PM à dita "concertação social"?
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