sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quatro homens condenados por raptos em Maputo a penas entre 13 e 17 anos de prisão

 


Quatro homens foram condenados na quinta-feira a penas entre 13 e 17 anos de prisão pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo em cúmulo jurídico por crimes de rapto, associação criminosa e posse ilegal de arma.
 
Os arguidos foram julgados no âmbito de dois casos de rapto ocorridos entre fevereiro e junho de 2012, na capital moçambicana, Maputo, tendo Arlindo Timana e Manuel Valoi sido condenados à pena de 17 anos de prisão, Inácio Mirasse de 15 anos e Alfeu Penicela de 13 anos.
 
Arlindo Timana, que já havia sido condenado pelo mesmo tipo de crimes a 15 anos de prisão, é filho de Bernardo Timana, recentemente assassinado nos arredores de Maputo, numa ação descrita pelas autoridades moçambicanas como "um possível ajuste de contas", e irmão de Ernesto Timana, que aguarda a sentença de um julgamento em que é acusado de participação em raptos.
 
Considerando como provados os crimes de rapto, associação criminosa e posse ilegal de arma, o tribunal condenou os quatro arguidos a pagarem uma indemnização de cerca de 490 euros a uma das vítimas, valor que terá sido pago pelo seu resgate, noticiou o matutino Notícias.
 
O tribunal terá ainda decidido fixar o pagamento de uma segunda indemnização à outra vítima, que, no decurso do julgamento, afirmou não ter pagado qualquer resgate, no valor de cerca de 12 mil euros, em compensação pela sua viatura, desaparecida desde o sequestro.
 
Apesar das declarações em contrário, a imprensa de Maputo refere hoje que a sua libertação ocorreu apenas depois de as vítimas terem pagado, cada uma, cerca de meio milhão de euros aos seus captores.
 
Desde 2011, vários casos de sequestro têm ocorrido nas principais cidades moçambicanas afetando dezenas de pessoas, entre as quais cidadãos portugueses.
 
EMYP // VM - Lusa
 

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