Quatro homens foram
condenados na quinta-feira a penas entre 13 e 17 anos de prisão pelo Tribunal
Judicial da Cidade de Maputo em cúmulo jurídico por crimes de rapto, associação
criminosa e posse ilegal de arma.
Os arguidos foram
julgados no âmbito de dois casos de rapto ocorridos entre fevereiro e junho de
2012, na capital moçambicana, Maputo, tendo Arlindo Timana e Manuel Valoi sido
condenados à pena de 17 anos de prisão, Inácio Mirasse de 15 anos e Alfeu Penicela
de 13 anos.
Arlindo Timana, que
já havia sido condenado pelo mesmo tipo de crimes a 15 anos de prisão, é filho
de Bernardo Timana, recentemente assassinado nos arredores de Maputo, numa ação
descrita pelas autoridades moçambicanas como "um possível ajuste de
contas", e irmão de Ernesto Timana, que aguarda a sentença de um
julgamento em que é acusado de participação em raptos.
Considerando como
provados os crimes de rapto, associação criminosa e posse ilegal de arma, o
tribunal condenou os quatro arguidos a pagarem uma indemnização de cerca de 490
euros a uma das vítimas, valor que terá sido pago pelo seu resgate, noticiou o
matutino Notícias.
O tribunal terá
ainda decidido fixar o pagamento de uma segunda indemnização à outra vítima,
que, no decurso do julgamento, afirmou não ter pagado qualquer resgate, no
valor de cerca de 12 mil euros, em compensação pela sua viatura, desaparecida
desde o sequestro.
Apesar das
declarações em contrário, a imprensa de Maputo refere hoje que a sua libertação
ocorreu apenas depois de as vítimas terem pagado, cada uma, cerca de meio
milhão de euros aos seus captores.
Desde 2011, vários
casos de sequestro têm ocorrido nas principais cidades moçambicanas afetando
dezenas de pessoas, entre as quais cidadãos portugueses.
EMYP // VM - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário