domingo, 10 de novembro de 2013

Renamo assume que foi contactada por PR moçambicano para encontro com seu líder

 


A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, assumiu hoje, em declarações do seu porta-voz à Lusa, que foi "oficialmente contactada, e pela primeira vez" para um encontro com o seu líder, Afonso Dhlakama, pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza.
 
"Recebemos um ofício na tarde de sexta-feira e consideramos que, por isso, pela primeira vez, existiu um contacto oficial do Presidente da República para se encontrar com o nosso líder", disse Fenando Mazanga.
 
"Agora, vamos procurar saber o que o presidente Afonso Dhlakama pensa sobre este convite para um encontro", acrescentou Mazanga, alertando para a "dificuldade" desta diligência.
 
"Mas, primeiro, temos que saber onde é que ele está, nem nós sabemos onde se encontra o nosso líder", disse.
 
Há três semanas, a 21 de outubro, uma operação do exército moçambicano desalojou Dhlakama da base de Sadjundjira, na Gorongosa, centro de Moçambique, onde o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) residia há cerca de um ano.
 
Desde então, é desconhecido o seu paradeiro, tendo a Renamo, por diversas vezes, denunciado que o seu líder está a ser perseguido pelo exército moçambicano.
 
O Presidente da República propôs, anteriormente, uma reunião com o seu adversário político para o passado dia 08 de novembro, em Maputo, proposta que foi descartada pela Renamo "por falta de condições de segurança".
 
O Governo e a Renamo têm mantido reuniões periódicas semanais, embora totalmente inconclusivas, as quais foram, agora, adiadas pela delegação governamental para dia 25 de novembro, devido às eleições municipais de 20 de novembro.
 
"Eles preferem andar em campanha eleitoral, em vez de tratarem de questões de grande urgência nacional", queixou-se Fernando Mazanga.
 
A Renamo não vai participar nas eleições municipais, por discordar da composição dos órgãos eleitorais, entre outras críticas ao que considera a ""crescente partidarização do Estado pela Frelimo", o partido no poder.
 
RTP – Lusa, foto em cache Lusa
 

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