terça-feira, 12 de novembro de 2013

Timor-Leste: MAUK MORUK

 

O Eça
 
Depois de um interregno de vários meses retomo a publicação neste espaço para partilhar convosco, caros leitores, a minha preocupação pelo exacerbar de posições - veiculadas por alguma comunicação social e pelas redes sociais 'face' e blogues - de dois dos nossos antigos guerrilheiros que deram a sua vida pela luta de libertação nacional na frente armada e diplomática. Falo da polémica surgida nestes últimas semanas sobre a participação de Mauk Moruk, antigo comandante da Brigada Vermelha (até finais de 1984), na reorganização e reestruturação da Resistência liderada por comandante Xanana. Pelo que conheço de Mauk, esta polémica com o seu antigo comandante-em-chefe, Xanana Gusmão, nunca teria lugar, agora, passados 29 anos de desentendimentos entre os dois relativa à condução da Luta. Mauk sempre quis, desde 90, uma aproximação política a Xanana a bem da Luta pela independência e - depois de conseguida a Libertação - sempre defendeu estabilidade social e política do país. Mauk era incapaz de expor o seu Povo a um novo sofrimento pela ambição pelo poder, pelo que conheço deste antigo guerrilheiro temido pelos, então, soldados ocupantes. Como sói dizer-se 'a política é mutável', o que é hoje, amanhã já não será o mesmo. Contudo, espero que Mauk não tenha mudado ao ponto de querer provocar uma instabilidade política que leve a população a fuzir de novo de suas casas e terras à procura de abrigo, como sucedeu no passado muito recente.
 
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Na foto: Departamento de Informação, Agitação e Propaganda, Mau Hodu, Comissário Político da Brigada Vermelha, Xanana Gusmão, Comandante-em-Chefe das Falintil, KiliK, Chefe do Estado-Maior das FALINTIL, Ma'Huno, Comissário Político da Região Haksolok e Mauk Moruk, 1º Comandante da Brigada Vermelha, exibindo armamento militar capturado ao exército indonésio, no acampamento de Gatott, áreas de Bibileu. Março de 1983.
 

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