Balneário Público
A subserviência dos
políticos portugueses e outros do mesmo jaez perdura desde tempos imemoriais.
Atualmente ainda com mais gravidade que durante o regime fascista de Salazar.
Nunca se sabe se na Presidência da República ou na sede do governo português
teremos um agente da secreta norte-americana ou de outra potência que lhe leve
vantagens. É a traição. Uma traição que toma corpo num exemplo: “Governo cede dados biométricos e biográficos dos cidadãos
portugueses aos Estados Unidos”. Neste título pode ficar a saber
mais mas, no entanto, esta questão já é “velha” de uns quantos anos. Se esta
cedência de dados não é inconstitucional e se não configura uma traição…
senhores, então o que configura uma traição? Tudo isto, que é muito grave, para
abordar o que podemos considerar o “prato do dia”: a colaboração da secreta
portuguesa (a nova PIDE) com a agência norte-americana NSA. Diz o jornal
Expresso de hoje que “Secreta portuguesa colabora com NSA”. Secreta e
governo desmentem. Posteriormente ao desmentido o Expresso volta a referir em
nota da direção “O Expresso reitera integralmente a notícia publicada este
sábado sobre a partilha de informações com a NSA, podendo garantir que essa
partilha foi regular e teve como principal objeto os PALOP, entre outros
assuntos”. Os PALOP, os “nossos irmãos africanos”. Tão amigos que somos deles.
Tanto que até vendemos informações sobre aqueles países e seus cidadãos ao país
mais criminoso do mundo que por via da força assume-se como o “polícia do
mundo”. Um muito mau polícia. Muitas vezes um polícia assassino e ladrão.
Traímos deste modo os países “nossos irmãos de África”. Pois então. Conclui-se
que na amálgama de chafurdas que estão no governo e nos agentes que constituem
atualmente a nova PIDE a ética não existe, o respeito e obrigações para com a
Pátria é letra morte, a traição a irmãos da mesma língua e da mesma história
(muitas vezes triste) é comum. Em vez de se pautarem pelos valores éticos
assistimos a políticos e outros agentes, ditos portugueses, a traírem ao
serviço de uns EUA em declínio moral, cívico, garbosamente ignorante e violador
dos Direitos Humanos, do Direito Internacional e da Democracia. São estes os
portugueses que temos… Ou por outra: são estes os traidores que tomaram os
poderes em Portugal e que à espera de contrapartidas de vantagem própria, se
for preciso, até vendem a mãe, o pai, a mulher e os filhos. É o que de todas
estas “histórias” vindas a público (umas gotinhas) podemos e devemos
depreender. Que a secreta e o governo desmentem. É evidente que sim, que só
podem desmentir. Queriam que se assumissem traidores dos compromissos de
cooperação e fidelidade irmã com os PALOP? Ou com Portugal e os portugueses?
Álvaro Tomeu
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