Lisboa, 30 jan
(Lusa) - O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) defendeu hoje a
necessidade de uma reavaliação do modelo de realização separada dos Jogos da
Lusofonia e da CPLP, de modo a verificar a sua sustentabilidade financeira.
"É necessário
verificar se o atual modelo tem sustentabilidade", sustentou José Manuel
Constantino, em declarações à agência Lusa, depois de recordar que os jogos da
Lusofonia e da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa)
"dirigem-se basicamente aos mesmos países".
O líder máximo do
olimpismo nacional escusou-se a avançar qualquer caminho alternativo,
designadamente a fusão dos dois eventos, afirmando pretender apenas
"avaliar se para o Desporto dos respetivos países o modelo atual deve
manter-se".
Constantino
sublinhou que "a realização destes jogos envolve custos financeiros muito
avultados" e, por isso, é necessário verificar se continua a fazer sentido
a realização dos dois eventos em separado ou se se deve caminhar para
"outro modelo, que pode até nem ser a fusão".
O presidente do COP
remeteu para o chefe da missão o balanço dos Jogos da Lusofonia, que terminaram
quarta-feira em Goa, na Índia, e nos quais Portugal conquistou 49 medalhas (18
de ouro, 20 de prata e 11 de bronze) e a segunda posição.
Optando por um
"balanço institucional", José Manuel Constantino classificou a
participação portuguesa de "positiva", recordando que "apesar
das condições adversas" e do facto de os Jogos não terem ocorrido na data
mais favorável, houve a preocupação de "garantir boas condições aos
atletas", além de "minimizar os custos financeiros" das
deslocações para um país tão distante como a Índia.
"Economizar o
mais possível", designadamente nas deslocações, foi o lema do COP para os
Jogos da Lusofonia, o que deverá repetir-se nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio
de Janeiro, porque apesar de a dotação financeira ser a mesma de Londres2012,
os cortes orçamentais afetaram as federações vão ter reflexos na prestação
olímpica.
José Manuel
Constantino adiantou ainda à Lusa que a possibilidade de envolvimento da
iniciativa privada no financiamento do desenvolvimento desportivo, nomeadamente
o de alto rendimento, será um dos temas a abordar no Congresso Nacional
Olímpico, que vai decorrer nos dias 03 e 04 de março, na Maia, subordinado ao
tema "Pensar o Olimpismo - Um testemunho para o futuro".
JPS // PA - Lusa
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