Em entrevista
exclusiva, o primeiro-ministro deposto garante que é candidato às
presidenciais. "Cadogo" considera que seria “gravíssimo” o adiamento
das eleições, de 16 de março, mas acredita nessa possibilidade.
A poucos dias do
fim do recenseamento eleitoral (31.01), Carlos Gomes Júnior lança críticas ao
processo de registo dos cidadãos guineenses na diáspora. O primeiro-ministro
guineense, exilado em Portugal depois do golpe de Estado de 12 de abril de
2012, qualifica o ato no contexto de “um cíclo muito dúbio”, em alusão ao
calendário inicial estipulado pela Comissão Nacional Eleitoral que não foi
respeitado.
Gomes Júnior que, por mera coincidência, fez o seu registo eleitoral na Cidade da Praia, em Cabo Verde, aponta algumas das falhas: “segundo informações que temos (acabei também de passar em Paris e noutros sítios), de facto há pessoas que não têm identificação como guineenses, são filhas de pais guineenses mas têm documentos estrangeiros”.
Na opinião do primeiro-ministro deposto, “seria bom não negar a nacionalidade seja a quem for. Mas na hora da eleição, as pessoas têm de estar devidamente identificadas”. Além disso, Gomes Júnior diz ter informação de que “na Guiné-Bissau uma pessoa vai com duas testemunhas recensear-se”, pelo que se está “a brincar com coisas muito sérias”, critica na entrevista exclusiva concedida em Lisboa à DW África.
Seria “gravíssimo” novo adiamento de eleições
Gomes Júnior que, por mera coincidência, fez o seu registo eleitoral na Cidade da Praia, em Cabo Verde, aponta algumas das falhas: “segundo informações que temos (acabei também de passar em Paris e noutros sítios), de facto há pessoas que não têm identificação como guineenses, são filhas de pais guineenses mas têm documentos estrangeiros”.
Na opinião do primeiro-ministro deposto, “seria bom não negar a nacionalidade seja a quem for. Mas na hora da eleição, as pessoas têm de estar devidamente identificadas”. Além disso, Gomes Júnior diz ter informação de que “na Guiné-Bissau uma pessoa vai com duas testemunhas recensear-se”, pelo que se está “a brincar com coisas muito sérias”, critica na entrevista exclusiva concedida em Lisboa à DW África.
Seria “gravíssimo” novo adiamento de eleições
Apesar de estarem
agendadas as eleições gerais na Guiné-Bissau para 16 de março, o
primeiro-ministro deposto tem “dúvidas” sobre o cumprimento do calendário
eleitoral, “porque mesmo a própria equipa que saiu para fazer o recenseamento
no exterior (e o que fará no interior do país?) tem-se deparado com problemas
financeiros”, aponta Gomes Júnior.
“As pessoas estão praticamente a viver de esmola para fazerem o seu trabalho, de maneira que são situações que podem levar ao desânimo e nós pensamos que as autoridades devem analisar isso com cabeça fria”, afirma o primeiro-ministro deposto exilado em Portugal.
No entender de “Cadogo”, como é também conhecido, “seria gravíssimo haver um novo adiamento”, porque “um Governo de transição não tem poderes legislativos para estar a discutir projetos e, nomeadamente, assumir compromissos junto da comunidade internacional. Portanto, qualquer parceiro credível exige que haja um Governo legítimo que saia das eleições”, justifica o antigo chefe de Governo.
“As pessoas estão praticamente a viver de esmola para fazerem o seu trabalho, de maneira que são situações que podem levar ao desânimo e nós pensamos que as autoridades devem analisar isso com cabeça fria”, afirma o primeiro-ministro deposto exilado em Portugal.
No entender de “Cadogo”, como é também conhecido, “seria gravíssimo haver um novo adiamento”, porque “um Governo de transição não tem poderes legislativos para estar a discutir projetos e, nomeadamente, assumir compromissos junto da comunidade internacional. Portanto, qualquer parceiro credível exige que haja um Governo legítimo que saia das eleições”, justifica o antigo chefe de Governo.
Carlos Gomes Júnior
defende que não se pode adiar de novo o futuro e o desenvolvimento da
Guiné-Bissau. Recorda a propósito o impacto causado pelo anterior adiamento à
economia guineense, nomeadamente na exportação do cajú.
“A minha preocupação é servir o meu país, continuar a servir com competência. Nós comprovamos à comunidade internacional que a Guiné-Bissau não é um país pobre, a Guiné-Bissau tem recursos, tem é que se saber explorar esses recursos, saber dar condições para que os técnicos consigam fazer o seu trabalho para que possamos pensar numa coisa comum, o desenvolvimento do país”, garante o primeiro-ministro que foi deposto no golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
“Cadogo” quer regressar a Bissau como candidato
Apesar dos avisos que indiciam estar em risco a sua integridade física, o ex-primeiro-ministro continua decidido a regressar. Depois de se ter recenseado, Gomes Júnior reafirma a determinação em participar nas próximas eleições gerais como candidato às presidenciais: “naturalmente, porque o nosso desejo foi sempre ajudar o nosso povo a cumprir com os desígnios dos próprios combatentes pela liberdade da pátria”, observa.
“A minha preocupação é servir o meu país, continuar a servir com competência. Nós comprovamos à comunidade internacional que a Guiné-Bissau não é um país pobre, a Guiné-Bissau tem recursos, tem é que se saber explorar esses recursos, saber dar condições para que os técnicos consigam fazer o seu trabalho para que possamos pensar numa coisa comum, o desenvolvimento do país”, garante o primeiro-ministro que foi deposto no golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
“Cadogo” quer regressar a Bissau como candidato
Apesar dos avisos que indiciam estar em risco a sua integridade física, o ex-primeiro-ministro continua decidido a regressar. Depois de se ter recenseado, Gomes Júnior reafirma a determinação em participar nas próximas eleições gerais como candidato às presidenciais: “naturalmente, porque o nosso desejo foi sempre ajudar o nosso povo a cumprir com os desígnios dos próprios combatentes pela liberdade da pátria”, observa.
“Nós pensamos que
somos pessoas de bem, demos provas da nossa capacidade, da nossa determinação e
vamos continuar a lutar para isso. Se não for possível ir em paz e continuar a
trabalhar pelo desenvolvimento do nosso país, nós somos homens que temos dado provas
do nosso prestígio internacional... em qualquer parte podemos continuar a
trabalhar”, defende o primeiro-ministro deposto.
Carlos Gomes Júnior já comunicou às Nações Unidas sobre o seu calendário político e aguarda que sejam garantidas as condições de segurança que permitam o seu regresso ao país.
Carlos Gomes Júnior já comunicou às Nações Unidas sobre o seu calendário político e aguarda que sejam garantidas as condições de segurança que permitam o seu regresso ao país.
Deutsche Welle - Autoria João
Carlos (Lisboa) - Edição Glória Sousa / António Rocha
1 comentário:
-E BOM PENSAR MIL VEZES PORQUE NADA DE EVIDENCIA COM OS NOSSOS BANDIDOS. O GENERAL PRESIDENTE SABE BEM QUE SERA CAPTURADO UM DIA MAS ANTES DISSO AINDA LHE FALTA DE COMETER ULTIMOS CRIMES SABES!...
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