Os movimentos
palestinianos Hamas e Fatah qualificaram hoje de criminoso o
ex-primeiro-ministro israelita Ariel Sharon, que morreu aos 85 anos, lamentando
que o antigo governante não tenha sido levado à justiça internacional.
"Sharon era um
criminoso, responsável pelo assassínio de Arafat, e nós esperávamos que ele
comparecesse perante o Tribunal Penal Internacional enquanto criminoso de
guerra", disse à AFP um dirigente da Fatah, Jibril Raboub.
Já o Hamas, no
poder na Faixa de Gaza, classificou como um "momento histórico" o
desaparecimento de Sharon, um "criminoso cujas mãos estavam cobertas de
sangue palestiniano".
O gabinete do
primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou a morte do ex-chefe
do Governo Ariel Sharon, hoje num hospital perto de Telavive, aos 85 anos.
"O antigo
primeiro-ministro morreu aos 85 anos", colocou no Twiter um porta-voz de
Netanyahu, Ofir Gendelman.
O hospital Tel
Hashomer, perto de Telavive, onde Sharon estava internado, deverá fazer uma
declaração às 15:00 (13:00 em Lisboa).
Sharon estava em
coma desde 04 de janeiro de 2006, quando sofreu um forte derrame cerebral. O
seu estado piorou no passado dia 01 de janeiro, quando registou problemas
renais após uma cirurgia.
Na passada
quinta-feira, o boletim de saúde de Ariel Sharon dava o seu estado como
"desesperado".
"Arik"
(diminutivo de Ariel) Sharon ficará na história como o artífice da invasão do
Líbano em 1982, quando era ministro da Defesa, mas também como o chefe do
Governo israelita que evacuou tropas e colonos da Faixa de Gaza em 2005.
Uma comissão
oficial de inquérito concluiu a sua responsabilidade por não ter prevenido nem
impedido os massacres nos campos de refugiados palestinianos de Sabra e Chatila
em Beirute, em setembro de 1982, perpetrados por uma milícia cristã aliada de
Israel.
Forçado a
demitir-se, tornou-se no entanto primeiro-ministro em 2001, sendo reeleito em
2003.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
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