Balneário Público
Passos Coelho foi
reeleito para dirigir o PSD. Cerca de 90 por cento dos militantes presentes
votaram nele. Era o único candidato. Afinal ele até tem andado a distribuir
bons “tachos” aos boys e à girls daquele burgo partidário. Os portugueses são
quem paga. Assim não custa nada armar-se em benemérito. Tudo se compra. Tudo se
vende. Não existem almoços grátis. Passos, desta vez, parece que preferiu falar
verdade (alguma vez haveria de acontecer). Disse ele: “Sabemos que não teremos um milagre económico em
maio deste ano. Que quando fecharmos o período de assistência económica e
financeira ainda teremos desafios muito importantes para enfrentar, seja ao nível
do desemprego, seja ao nível da coesão social, coesão territorial e recuperação
económica”. Desmentiu assim o trapalhão seu parceiro de governo, ministro da
economia, Pires de Lima – que em finais de outubro dissera que “Está
em curso um «milagre económico» em Portugal”. Não há milagre económico, até
maio, disse Passos ontem. Não vai haver milagre económico nenhum enquanto estes
inqualificáveis mancebos forem detentores dos poderes. E aquela mafia detém
quase todos os poderes. Incluindo Belém, que amortece, protege e anula as
quedas do governo seu comparsa. Está quase tudo dito. Ou melhor: quando estes
mancebos falam, vomitam palavras eivadas das banalidades próprias de um governo
e rebanho político trapalhão. Ontem Passos disse assim, amanhã dirá de outro
modo, nas eleições já vai acenar com um “milagre” enganador que lhe permita
conseguir mais votos dos incautos… ou estúpidos. Passos, o salvador. Passos, o
mentiroso, o trapalhão.
Manuel Tiago
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