segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

PR guineense admite prolongar recenseamento, mas sem alterar data das eleições

 


O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, admitiu hoje um prolongamento do recenseamento para lá de 31 de janeiro, mas sem alterar a data das eleições gerais no país, marcadas para 16 de março.
 
Nhamadjo visitou as instalações do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) para constatar o andamento do processo do recenseamento que disse estar num "bom ritmo".
 
"Com a evolução dos gráficos que vimos, o recenseamento está a uma média de 72 por cento", relativamente ao total estimado de cerca de 810 mil eleitores.
 
Serifo Nhamadjo admitiu que o recenseamento possa vir a decorrer para lá do prazo previsto, 31 de janeiro, próxima sexta-feira, mas sem alterar a data das eleições.
 
"Alterar a data do recenseamento, sim, mas nunca tocar na data de 16 de março. Se for necessário, vamos ajustar mais dois ou cinco dias, desde que isso nos dê garantias de que todos os cidadãos com idade de votar foram recenseados", observou o Presidente de transição guineense.
 
As alterações aos prazos previstos na lei eleitoral terão ainda de ser ratificadas pela Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.
 
Questionado sobre os principais problemas constatados, através das informações de técnicos do GTAPE, Nhamadjo considerou que "muita gente está por recensear" nos centros urbanos e na diáspora.
 
"O que nos preocupa mais é responder à demanda. Ainda há muita gente, em certas zonas do país, que se quer recensear. Os grandes problemas residem nos centros urbanos", ou seja, "Bafatá, Gabu, Bissau, Canchungo, Cacheu e na diáspora", explicou Nhamadjo.
 
Afirmando-se encorajado pela dinâmica do recenseamento, o Presidente de transição guineense diz-se também entusiasmado com a determinação das pessoas envolvidas no processo.
 
"Queremos fazer tudo para que todo o cidadão guineense na idade de votar possa ser recenseado. É esse o nosso objetivo. A partir daqui, as correções far-se-ão ao longo dos anos. A Guiné-Bissau terá um banco de dados de eleitores", notou Nhamadjo.
 
Lusa, em jornal i
 

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