O Presidente de
transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, admitiu hoje um prolongamento do
recenseamento para lá de 31 de janeiro, mas sem alterar a data das eleições
gerais no país, marcadas para 16 de março.
Nhamadjo visitou as
instalações do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) para
constatar o andamento do processo do recenseamento que disse estar num
"bom ritmo".
"Com a
evolução dos gráficos que vimos, o recenseamento está a uma média de 72 por
cento", relativamente ao total estimado de cerca de 810 mil eleitores.
Serifo Nhamadjo
admitiu que o recenseamento possa vir a decorrer para lá do prazo previsto, 31
de janeiro, próxima sexta-feira, mas sem alterar a data das eleições.
"Alterar a
data do recenseamento, sim, mas nunca tocar na data de 16 de março. Se for
necessário, vamos ajustar mais dois ou cinco dias, desde que isso nos dê
garantias de que todos os cidadãos com idade de votar foram recenseados",
observou o Presidente de transição guineense.
As alterações aos
prazos previstos na lei eleitoral terão ainda de ser ratificadas pela
Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.
Questionado sobre
os principais problemas constatados, através das informações de técnicos do
GTAPE, Nhamadjo considerou que "muita gente está por recensear" nos
centros urbanos e na diáspora.
"O que nos
preocupa mais é responder à demanda. Ainda há muita gente, em certas zonas do
país, que se quer recensear. Os grandes problemas residem nos centros
urbanos", ou seja, "Bafatá, Gabu, Bissau, Canchungo, Cacheu e na
diáspora", explicou Nhamadjo.
Afirmando-se
encorajado pela dinâmica do recenseamento, o Presidente de transição guineense
diz-se também entusiasmado com a determinação das pessoas envolvidas no
processo.
"Queremos
fazer tudo para que todo o cidadão guineense na idade de votar possa ser
recenseado. É esse o nosso objetivo. A partir daqui, as correções far-se-ão ao
longo dos anos. A Guiné-Bissau terá um banco de dados de eleitores", notou
Nhamadjo.
Lusa, em jornal i
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