Garantia do
Ministro das Minas e Energias da Guiné Equatorial, Gabriel Obiang Lima(na
foto). Segundo o ministro equato –guiniense, o projecto de exploração conjunta
de petróleo, “avança” e será num bom exemplo de cooperação no seio da CPLP,
caso a Guiné Equatorial seja admitida como membro da organização lusófona.
Desde o ano 2008
que o Presidente Teodoro Obiang Basogo, anunciou às autoridades são-tomenses a
existência de um bloco de petróleo nas águas contíguas entre os dois países.
O Ministro das
Minas e Energias da Guiné Equatorial, Gabriel Obiang Lima, reforçou que o bloco
tem enorme potencialidade. O Ministro anunciou que o poço de petróleo já foi
adjudicado pela Guiné Equatorial à uma companhia estrangeira.
Os estudos sísmicos
do bloco, já estão a ser realizados. «Já havíamos adjudicado este bloco, antes
de São Tomé. E como estamos na fase da realização da sísmica, consideramos que
tendo uma boa relação com São Tomé e Príncipe, os testes sísmicos deveriam
ultrapassar a nossa fronteira e entrar pelas águas são-tomenses», explicou o
ministro das minas e energias da Guiné Equatorial.
Gabriel Obiang
Lima, acrescentou que após os estudos sísmicos, haverá a necessidade de
perfurar o bloco. São Tomé e Príncipe terá que comparticipar nos custos. «Quando
chegar o momento da perfuração teremos então que cooperar nos custos da
perfuração, porque são zonas de 2 mil à 3 mil metros de profundidade e os
custos da perfuração são altos», sublinhou.
O Ministro da Guiné
Equatorial, por sinal filho do Presidente Obiang Basogo, considera que a
parceria entre s dois países é fundamental para rentabilizar o bloco, que
parece ser promissor. «Temos alguns dados que nos fazem crer que o bloco tem
enorme potencial, e a única forma de o bloco ter rentabilidade económica é
trabalharmos em conjunto», frisou.
Questionado pelo
Téla Nón sobre o tempo de duração até a exploração propriamente dita do ouro
negro, Gabriel Obiang Lima, indicou 3 anos para realização dos estudos e mais 4
para a exploração real dos recursos que forem encontrados no bloco. « Normalmente
o primeiro ano, é o ano dos testes sísmicos, e das avaliações. Depois das
avaliações temos que reduzir os riscos, analisar os diferentes prospectos da
perfuração, portanto isto leva 2 à 3 anos. E ao descobrir petróleo, o
desenvolvimento para a exploração requer cerca de 4 anos», pontuou..
Guiné Equatorial
tem experiência na necessidade de paciência para se chegar de facto era do ouro
negro. Antes da exploração real de petróleo, também conheceu intervenção de
várias empresas que após estudos disseram que não havia petróleo em quantidade
explorável.
Até que um dia se
chegou a fonte da mina. Hoje o país vizinho produz mais de 500 mil barris de
petróleo por dia, e já é considerado o Koweit africano, com um Produto Interno
Bruto per capita que atinge 20 mil dólares por habitante. « Portanto ao
descobrir-se petróleo num bloco hoje, não significa que se vai ter tudo já. Mas
posso lhe garantir que há uma forte cooperação entre São Tomé e Príncipe e a
Guiné Equatorial para levar adiante esta exploração», enfatizou Gabriel Obiang
Lima.
Guiné Equatorial,
busca caminho para entrar na CPLP, e as portas parecem estar a se abrir. «Acreditamos
que caso a Guiné Equatorial seja membro da CPLP, este projecto será um bom
exemplo de como é que dois países da mesma comunidade podem cooperar no domínio
petrolífero para o benefício dos mesmos», concluiu.
Note-se que a
exploração do bloco petrolífero localizado na fronteira entre a Guiné
Equatorial e São Tomé e Príncipe, é indicado como uma das garantias que São
Tomé e Príncipe deu à Angola para conseguir uma linha de crédito de 180 milhões
de dólares para financiar a economia nacional nos próximos 3 anos.
Abel Veiga – Téla Nón
(st)
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