quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

São Tomé: Exploração de petróleo na fronteira marítima com a Guiné Equatorial “avança”

 


Garantia do Ministro das Minas e Energias da Guiné Equatorial, Gabriel Obiang Lima(na foto). Segundo o ministro equato –guiniense, o projecto de exploração conjunta de petróleo, “avança” e será num bom exemplo de cooperação no seio da CPLP, caso a Guiné Equatorial seja admitida como membro da organização lusófona.
 
Desde o ano 2008 que o Presidente Teodoro Obiang Basogo, anunciou às autoridades são-tomenses a existência de um bloco de petróleo nas águas contíguas entre os dois países.
 
O Ministro das Minas e Energias da Guiné Equatorial, Gabriel Obiang Lima, reforçou que o bloco tem enorme potencialidade. O Ministro anunciou que o poço de petróleo já foi adjudicado pela Guiné Equatorial à uma companhia estrangeira.
 
Os estudos sísmicos do bloco, já estão a ser realizados. «Já havíamos adjudicado este bloco, antes de São Tomé. E como estamos na fase da realização da sísmica, consideramos que tendo uma boa relação com São Tomé e Príncipe, os testes sísmicos deveriam ultrapassar a nossa fronteira e entrar pelas águas são-tomenses», explicou o ministro das minas e energias da Guiné Equatorial.
 
Gabriel Obiang Lima, acrescentou que após os estudos sísmicos, haverá a necessidade de perfurar o bloco. São Tomé e Príncipe terá que comparticipar nos custos. «Quando chegar o momento da perfuração teremos então que cooperar nos custos da perfuração, porque são zonas de 2 mil à 3 mil metros de profundidade e os custos da perfuração são altos», sublinhou.
 
O Ministro da Guiné Equatorial, por sinal filho do Presidente Obiang Basogo, considera que a parceria entre s dois países é fundamental para rentabilizar o bloco, que parece ser promissor. «Temos alguns dados que nos fazem crer que o bloco tem enorme potencial, e a única forma de o bloco ter rentabilidade económica é trabalharmos em conjunto», frisou.
 
Questionado pelo Téla Nón sobre o tempo de duração até a exploração propriamente dita do ouro negro, Gabriel Obiang Lima, indicou 3 anos para realização dos estudos e mais 4 para a exploração real dos recursos que forem encontrados no bloco. « Normalmente o primeiro ano, é o ano dos testes sísmicos, e das avaliações. Depois das avaliações temos que reduzir os riscos, analisar os diferentes prospectos da perfuração, portanto isto leva 2 à 3 anos. E ao descobrir petróleo, o desenvolvimento para a exploração requer cerca de 4 anos», pontuou..
 
Guiné Equatorial tem experiência na necessidade de paciência para se chegar de facto era do ouro negro. Antes da exploração real de petróleo, também conheceu intervenção de várias empresas que após estudos disseram que não havia petróleo em quantidade explorável.
 
Até que um dia se chegou a fonte da mina. Hoje o país vizinho produz mais de 500 mil barris de petróleo por dia, e já é considerado o Koweit africano, com um Produto Interno Bruto per capita que atinge 20 mil dólares por habitante. « Portanto ao descobrir-se petróleo num bloco hoje, não significa que se vai ter tudo já. Mas posso lhe garantir que há uma forte cooperação entre São Tomé e Príncipe e a Guiné Equatorial para levar adiante esta exploração», enfatizou Gabriel Obiang Lima.
 
Guiné Equatorial, busca caminho para entrar na CPLP, e as portas parecem estar a se abrir. «Acreditamos que caso a Guiné Equatorial seja membro da CPLP, este projecto será um bom exemplo de como é que dois países da mesma comunidade podem cooperar no domínio petrolífero para o benefício dos mesmos», concluiu.
 
Note-se que a exploração do bloco petrolífero localizado na fronteira entre a Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe, é indicado como uma das garantias que São Tomé e Príncipe deu à Angola para conseguir uma linha de crédito de 180 milhões de dólares para financiar a economia nacional nos próximos 3 anos.
 
Abel Veiga – Téla Nón (st)
 
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