segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Adesão da Guiné Equatorial à CPLP "depende mais de Portugal" - MNE angolano

 


Madrid, 3 fev (Lusa) - O ministro das Relações Exteriores de Angola considerou hoje que "depende mais de Portugal" saber se a Guiné Equatorial poderá ou não aderir à CPLP já na cimeira da organização lusófona este ano em Díli.
 
Em declarações à Lusa em Madrid, Georges Chikoti disse ter analisado essa questão no último encontro que manteve com o seu homólogo português, Rui Machete, de quem diz ter recebido informações sobre contactos em curso.
 
"O senhor ministro informou-me que tem havido uma troca intensa de contactos entre Portugal e a Guiné Equatorial. A Guiné Equatorial prometeu fazer uma moratória e queremos esperar que a cimeira de Díli possa de facto resolver essa questão que dura há algum tempo", afirmou.
 
Chikoti recordou que a Guiné Equatorial solicitou a adesão à Comunidade de Países de Língua Portuguesa "há já muitos anos" e que é "um país amigo da maioria dos países da CPLP".
 
"Achamos que podíamos aceitar a adesão e ajudá-la (a Guiné Equatorial) no que considerarmos que tem que melhorar. Penso que Portugal também aprecia melhor a evolução da Guiné Equatorial", disse o ministro angolano.
 
"Era bom que a Guiné Equatorial entrasse. Pediu há muitos anos e tem regularmente demonstrado esta vontade. Seria bom", disse à Lusa.
 
Georges Chikoti falava à Lusa na embaixada de Angola em Madrid, onde hoje se encontrou com o seu homólogo espanhol José Manuel García-Margallo e onde na terça-feira profere uma palestra sobre o tema "A segurança nacional como fator de estabilidade regional e mundial".
 
Noutro âmbito, Chikoti mostrou-se satisfeito com o apoio que a União Africana (UA) deu à candidatura de Angola ao Conselho de Segurança da ONU, depois de já ter sido escolhida na África Austral.
 
"África vai com a candidatura de Angola e iniciamos agora uma campanha para conseguir o apoio de dois terços da assembleia. É uma batalha que ainda temos que fazer", disse.
 
Sobre o eventual regresso de Marrocos à União Africana, Chikoti afirmou que a questão de princípio se mantém, ou seja, a realização de um referendo no Saara Ocidental.
 
ASP // JMR - Lusa
 

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