Portugal e Angola
deverão ter em breve encontros ministeriais, existindo uma "boa
relação" entre os dois países, disse sexta-feira, em Adis Abeba, o chefe
da diplomacia angolana, citado pela agência Angop.
Georges Chikoti fez
o anúncio no final do encontro que manteve hoje na capital etíope com o seu
homólogo português, Rui Machete, à margem da 22.ª sessão ordinária da
assembleia de chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA).
"Trabalhamos
sobre alguns aspectos bilaterais e multilaterais, foi um bom encontro e estamos
a prever, para os próximos tempos, outros encontros a nível técnico e
posteriormente a nível de ministros. Isso dentro do quadro da boa relação entre
Angola e Portugal", afirmou Georges Chikoti.
A Angop escreveu
que o encontro se realizou a pedido da diplomacia portuguesa.
Em declarações
anteriores por telefone, hoje, à agência Lusa, o ministro dos Negócios
Estrangeiros português, Rui Machete, disse ter aproveitado a estada em Adis
Abeba para reuniões bilaterais com vários países, entre os quais Cabo Verde e
Angola, designadamente com o Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, e
e o seu homólogo angolano, Georges Chikoti.
"Tratámos
destas questões de segurança e problemas políticos gerais, em particular no que
respeita à Guiné-Bissau, à situação na Guiné-Bissau, à situação na Guiné
Equatorial e também à próxima cimeira da União Europeia com os países
africanos", precisou.
O chefe da
diplomacia portuguesa também reuniu com os seus homólogos do Gana, Hanna Serwaa
Tetteh, e do Senegal, Mankeur N'Diaye, para além dos encontros com o ministro
de Estado da Nigéria, Nuruddeen Muhammad, e com a comissária para os Assuntos
políticos da UA, Aisha Abdullahi.
"As reuniões
correram muito bem, e basicamente sobre estas questões. E também analisámos a
problemática do Golfo da Guiné, uma questão onde tem havido actos de pirataria
e cuja segurança põe em causa uma rota marítima da maior importância. Os
problemas da segurança marítima estão na ordem do dia e a União Europeia também
se vai ocupar deles", declarou Rui Machete.
Após registar a
"grande cordialidade" das reuniões, o ministro dos Negócios
Estrangeiros sublinhou terem sido particularmente úteis "para a definição
das políticas dos respectivos países, que na maioria parte dos casos foram
coincidentes".
No sábado, último
dia da cimeira da UA, Rui Machete já tem confirmados diversos encontros,
designadamente com o comissário para a Paz e segurança da União Africana, Smail
Chergui, e com o secretário executivo da Comissão económica da ONU para África,
Carlos Lopes.
"Será tudo à
volta da mesma problemática [da paz e segurança], que é uma problemática rica e
de um modo muito particular, para além das questões da Guiné-Bissau, os
problemas da segurança no Golfo da Guiné", acrescentou.
Lusa / Novo Jornal (ao)
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