sábado, 1 de fevereiro de 2014

Moçambique: GOVERNO E RENAMO REVISITAM PACOTE ELEITORAL

 

 
Maputo, 01 Fev (AIM) O Governo moçambicano e a Renamo, maior partido da oposição e antigo movimento rebelde, reiniciaram as démarches que culminarão com a revisão do pacote eleitoral, com vista a garantir a participação daquele partido nas próximas eleições gerais de 15 de Outubro.

O facto foi tornado público hoje pelo chefe da delegação da Renamo e deputado do mesmo partido, Saimone Macuiane, após a ronda de diálogo entre a força política e o Governo, que esteve representado pelo chefe da delegação e Ministro da Agricultura, José Pacheco.

Na quinta-feira, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) confirmou publicamente a alteração da data do arranque do recenseamento eleitoral para 15 de Fevereiro até 29 de Abril, medida que visa acomodar todos os aspectos do processo, entre os quais a participação da Renamo que, aliás, boicotou as eleições autárquicas de Novembro de 2013.

O debate do pacote eleitoral foi a razão dos sucessivos impasses em mais de 20 rondas de diálogo.

Falando à imprensa, Macuiane disse que o seu partido está preocupado que em curto prazo de tempo possa concluir a questão da legislação eleitoral.

Para o feito, iniciamos hoje o reexame da legislação eleitoral. Esperamos que a breve trecho possamos chegar a um resultado que irá satisfazer não só a Renamo, não só ao Governo, mas também ao povo moçambicano, afirmou Macuiane.

A fonte disse, por outro lado, que o seu partido está actualmente a verificar os aspectos relacionados ao pacote eleitoral que acha relevantes para permitir a participação nas eleições.

Por seu turno, Pacheco disse haver ainda a necessidade de continuar a debater a legislação eleitoral com vista a se entender melhor o que a Renamo terá trazido de novo nas propostas por ela avançadas.

O representante da delegação do governo reafirma que o Governo irá observar e respeitar os limites permitidos por lei, nesse debate.

Usaremos todos os passos que a lei nos permite para que em tempo útil durante esses 15 dias as questões possam ser tratadas, disse Pacheco.

(AIM) HT/le

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