quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Moçambique: USO DE ARMAS PESADAS TINHA POR OBJECTIVO ADVERTIR A RENAMO

 


Maputo, 12 Fev (AIM) O uso de armas pesadas na última operação das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS) contra os homens armados da Renamo tinha por objectivo demonstrar a existência de um enorme potencial para empreender uma grande ofensiva militar contra aquele antigo movimento rebelde em caso de necessidade, disse hoje, em Maputo, Cristóvão Chume, director nacional de Política de Defesa e Segurança no Ministério da Defesa Nacional (MDM).

Chume falava em conferência de imprensa sobre os bombardeamentos realizados pelas FDS contra os homens armados da Renamo na serra da Gorongosa, província central de Sofala, durante o último fim-de-semana.

A fonte confirmou que as FDS usaram armamento pesado para bombardear algumas posições da Renamo, mas aproveitou a oportunidade para desmentir a realização de bombardeamentos aéreos.

É verdade que a artilharia é pesada. Não me vou referir aqui ao tipo de artilharia (usada). Contudo, não é verdade que tenha havido bombardeamento aéreo. Essa informação é falsa. O Estado moçambicano, achando que há um perigo contra a comunidade nacional, poderá, se houver necessidade, usar todos os meios à sua disposição para repor a ordem e tranquilidade.

Aliás, é precisamente naquela região onde se acredita que estejam escondidos os homens da Renamo responsáveis pelo assalto a um paiol no posto administrativo de Savane realizado no ano passado.

Chume lamentou o facto de nos últimos dias haver uma tentativa de deturpação da verdade sobre a posição das FDS, no contexto do diálogo político em curso e, particularmente, os esforços do governo à mesa de diálogo com a Renamo.

Segundo a fonte, essas vozes tentam, a todo o custo, dar a entender que as FDS caminham numa direcção oposta aos consensos que têm sido alcançados entre as partes em diálogo.

Contudo, nós continuamos, como FDS, a encorajar os esforços, à mesa do diálogo político, e a reiterar a nossa posição de que vamos nos manter na nossa posição defensiva, disse Chume, para de seguida afirmar vamos criar todas as condições para que o governo possa levar a cabo todas acções que visem ao estabelecimento de um consenso e que leve a uma paz permanente.

A fonte realçou que, a Renamo deve passar da teoria à prática as promessas feitas na mesa do diálogo, de modo a demonstrar o seu compromisso com a paz em Moçambique.

Actualmente existem sinais claros de um consenso entre o governo e a Renamo na sede do diálogo político sobre algumas questões levantadas por aquela formação política, tais como a composição dos órgãos eleitorais, incluindo a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

(AIM) - Anacleto Mercedes (ALM)/SG

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